O Eco das Sombras

Regis sempre foi fascinado pelo sobrenatural. Desde pequeno, sonhava em explorar o desconhecido e, aos 18 anos, finalmente experimentou uma viagem astral. Inicialmente, a experiência foi deslumbrante: ele flutuava em um mundo de luzes e cores, e sentiu uma conexão profunda com algo maior.

 

No entanto, conforme as noites passavam, Regis começou a perceber que sua jornada astral não era tão gloriosa quanto imaginara. A cada viagem, ele se aprofundava mais no reino espiritual, e logo encontrou entidades que não eram benevolentes. O Guardião das Passagens, embora parecesse um guia confiável, revelou-se apenas um intermediário entre Regis e as forças sombrias que habitavam o astral.

 

Durante uma dessas viagens, Regis encontrou um ser sombrio, uma entidade cuja presença causava um frio profundo. A entidade ofereceu a Regis um pacto: poder e conhecimento em troca de sua luz. Desesperado por respostas e imerso em sua própria curiosidade, Regis aceitou.

 

Ao fazer o pacto, Regis percebeu que sua luz, que antes era uma fonte de proteção, agora estava sendo drenada. Ele começou a sentir um peso crescente, como se uma sombra invisível estivesse consumindo sua energia vital. Cada vez que voltava ao mundo físico, sentia-se mais exausto e desorientado.

 

A prática de viagens astrais começou a afetar sua vida cotidiana. Regis se afastou dos amigos e familiares, cada vez mais absorto em suas explorações. A luz que antes brilhava em suas mãos agora se tornava fraca e instável. Ele começou a ter pesadelos e a sentir uma sensação constante de desconexão da realidade.

 

Uma noite, ao retornar de uma viagem especialmente perturbadora, Regis se encontrou no limite. O mundo astral, agora dominado por forças sombrias, parecia estar consumindo sua própria essência. A entidade sombria estava em sua mente, um eco constante que sussurrava ameaças e promessas vazias.

 

Desesperado, Regis tentou romper o pacto, mas era tarde demais. A entidade o havia marcado, e a sombra que antes estava distante agora se manifestava em sua vida física. Ele começou a perceber que estava perdendo partes de si mesmo, cada vez mais preso entre o mundo dos vivos e o dos espíritos.

 

No final, Regis se encontrou sozinho, sem amigos ou família, consumido pela escuridão que havia buscado. Suas explorações no astral deixaram um rastro de tragédia e desespero, uma lembrança dolorosa de que, muitas vezes, o desejo de explorar o desconhecido pode levar a consequências irreversíveis. Hoje seu auxílio são: Um hospital com casa psiquiátrica, médicos e medicamentos.

 

Enquanto Regis vagava pelos limites do astral, ele se tornou uma lenda sombria entre os viajantes astrais ( o ousado ), uma advertência sobre os perigos de mergulhar profundo demais no reino espiritual e os riscos de fazer pactos com entidades que não devem ser confiadas.

DengosoRock
Enviado por DengosoRock em 19/08/2024
Reeditado em 21/08/2024
Código do texto: T8132680
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