Carnaval

Tai o que pode ser considerado surreal. Eu tenho uma verdade, que até se tornou história. Um dia soube que uma amigo de minha terra natal fez um samba, nele ele dizia em versos; - :..., não chores, minha mãe não chores, por ver seu filho embriagado..., olha lá quem vem lá é a turma dá vila Maringá.

Bom está brincadeira em versos, era o refrão de um sambinha carnavalesco de um bairro dá vila Maringá em Jundiaí SP.

Aí já por alguns anos depois estava vivendo em Minas, na cidade de são Francisco de Sales MG. E um grupo carnavalesco me convidou para participar, então resolvi fazer um samba, que dentro dá realidade disputava um lugar de destaque junto á outros. Compus meus versos lembrando, dá máxima do meu amigo.

Na disputa havia, havia vários grupos com vários nomes, o nosso era Aroeira, assim nasceu o meu refrão, Não chores pica-pau não chores, aqui é aroeira, aqui é aroeira.

Quando me dei conta após um dos organizadores contratar uma banda que gravou o samba, toda molecada da cidade já cantava nosso samba.

O detalhe mais incomum é que havia premio, organizado por uma comissão organizadora. Premio tirado de um apoio de um Deputado, que destinou verba para o evento.

Então chegou o grande dia, nossa turma, que não poderia ser chamada de escola de samba, estava afinada, e cantávamos com prazer meu samba, que eu orgulhoso ouvindo as crianças em coro, foi uma festa magnifica, até chegar no ponto dá comissão julgadora, que deu o premio a um grupo, que nem se quer havia se preocupado em escrever um refrão.

Indignado quase em pranto chega um dos fulanos do grupo opositor e vencedor e me dá uma porrada nas costas, querendo briga. Fiquei calado e sem revidar , o cara saiu de cabeça baixa.

No dia seguinte os jornais publicaram, que só foram julgados 9 quesitos, deixando o samba enredo de fora e foi uma lástima a gozação dentro dá Câmara Municipal.

Hoje sem que este meu amigo siba, que aderi ao carnaval de rua e participei ativamente como ele imaginaria no bairro vencer. Lembro com nostalgia á porta bandeira fazendo referencias a mim, quando de sua performasse e tantos outros sentimentos.

Hoje absolutamente satisfeito, mesmo perdendo o carnaval, trago minha satisfação em ser este brasileiro de rua, talvez até um poeta das quebradas.

Kiko Pardini
Enviado por Kiko Pardini em 25/07/2024
Código do texto: T8114180
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.