R U Í N A S

 

 

Tudo foi produzido de acordo com o que a minha fértil mente conseguiu captar, afinal imaginar coisas impossíveis não é nenhum crime e nem tão pouco demonstração de doidice. Louco eu? Nem pensar! Estava eu lendo um texto da Cristina Gaspar (RUÍNAS)* quando me deparei com uma inspiração meia maluca, mas acredito que todo poeta/ escritor vai me dar razão. Daí, lendo a matéria da ilustre recantista, que, diga-se de passagem, é meia maluquinha (pior do que eu mil vezes), vocês podem ler os textos dela, até recomendo para disparecer, tem até alguns que é de dar nó nas tripas. Eu fico imaginando onde é que uma criatura dessa vai arranjar tanta informação fora do normal. Mas vamos ao que interessa, vamos ao texto meu.

 

Voltei ao meu mundo desta época atual, ou seja, o ano de dois mil e alguma coisa, já tinha ido pro beleléu nem me lembro há quantos anos (ou décadas, ou centenas de anos, sei lá!), me deu essa vontade (tive autorização, é claro!). Nem sabia na verdade onde era o Brasil de tanto que estava destroçada a América do Sul, depois eu soube que quase todo o planeta estava nessa situação lastimável. Tinha havido a terceira guerra mundial e a turma liderada pela China, Coréia do Norte, Rússia e outros apoiadores de guerras, tomaram a iniciativa de dominarem tudo, não escapou quase ninguém. Tudo foi destruído por mísseis e bombas nucleares, nada ficou de pé. E eu estava ali, "vivinho da silva", observando o desmantelo causado pela ganância, pela hipocrisia e pela falta de caráter de governantes irresponsáveis. Eu só via ruínas, então fiquei imaginando, o que é que eles querem agora? Para tomarem conta de tudo terão que reconstruir, nada presta da maneira como encontrei. Ainda cheguei a ver corpos dilacerados, muito sangue apodrecido espalhado em meio a destruição. Fumaça, fogo, o escambau. Meu Deus! Como é que fazem uma desgraça dessa!? Onde está o juízo dessa gente? Nos pés? Eu bem que poderia ter ficado quieto no meu cantinho eterno, numa boa, desfrutando de coisa melhor, mas resolvi voltar para ver como estava o meu Brasil. Não só o meu país, mas quase toda a extensão do planeta Terra, com uma população mil vezes menor do que a que existia antes da guerra nuclear que dizimou praticamente toda a raça humana.

 

Voltei triste e abatido para o meu lugar de onde nunca deveria ter saído, porém se me foi dada essa oportunidade pode até servir de preocupação para os seres humanos de agora, o que vem pela frente, senhores e senhoras, não é nada bom.

 

 

*RUÍNAS é um conto, na verdade microconto, que foi escrito em 12/05/22 (código do texto T7514759).

 

N.B. : A cor preta do texto é por dois motivos: luto e para que a nossa querida Cristina Gaspar enxergue melhor, já que ela está com problema em sua visão.

 

 

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 21/08/2023
Reeditado em 21/08/2023
Código do texto: T7867011
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