A volta dos que não foram
Aquele havia sido um caso atípico. Ninguém conseguiu entender como os seis amigos não haviam chegado ao destino. Mas tinha acontecido.
Somente descobriram o fato quando, ao telefonarem para o hotel, souberam pela portaria que nenhum dos seis tinham se hospedado no mesmo. Estranharam.
Preocupada, e sem entender nada, dona Gertrudes berrava descontroladamente ao telefone que havia conversado com eles a dois dias e lhe asseguraram que tinham chegado bem.
Não tinha como entender uma coisa dessas, era o entendimento de todos.
Apesar da insistência de dona Gertrudes, a recepcionista do outro lado da linha era categórica em sua afirmação: não havia registro de ninguém.
Dona Gertrudes e um dos filhos resolveram até a cidade em que os amigos iriam se hospedar.
Chegando ao constataram que de fato, nenhum deles se encontravam lá.
Não havia outro jeito que senão ir à polícia. Assim o fizeram.
Foram semanas de angústia. Como pode seis adolescentes sumirem dessa forma.
O caso foi então arquivado pela polícia por falta de provas. Não havia indício do que poderia ter ocorrido.
Não havia sinal do carro em que saíram rumo ao destino.
Quase um ano depois do desaparecimento dos seis adolescentes, eles retornaram à casa. Todos queriam saber o que tinha acontecido.
Era visível em seus olhos que algo havia acontecido, mas os garotos nunca esclareceram o ocorrido.