A Caneta

A Caneta

Ela era uma escritora famosa, que vivia de seus livros e contos. Ela tinha uma caneta especial, que era sua companheira inseparável. Era uma caneta de tinta preta, com um corpo de metal prateado e uma ponta de ouro. Ela dizia que a caneta tinha vida própria, que era capaz de escrever as histórias mais incríveis e originais. Ela só precisava segurá-la e deixar que a caneta fizesse o resto.

Um dia, ela teve uma ideia para um novo livro. Ela pegou a caneta e começou a escrever. Mas logo percebeu que algo estava errado. A caneta não obedecia aos seus comandos. A caneta escrevia o que queria, sem se importar com o que ela pensava. A caneta escrevia uma história absurda, cheia de personagens estranhos e situações impossíveis. A caneta escrevia uma história surrealista.

Ela tentou parar a caneta, mas não conseguiu. A caneta parecia ter vontade própria. A caneta parecia estar possuída. A caneta parecia estar zombando dela. A caneta escrevia cada vez mais rápido, sem deixar espaço em branco na folha. A caneta escrevia sem parar, até acabar a tinta.

Ela ficou assustada e jogou a caneta no chão. Ela olhou para o papel e viu que a história estava completa. Era uma história sem sentido, sem lógica, sem graça. Era uma história horrível. Ela rasgou o papel e jogou no lixo. Ela pegou a caneta e tentou jogá-la pela janela. Mas a janela estava trancada. Ela tentou abrir a porta do quarto. Mas a porta estava trancada. Ela tentou gritar por socorro. Mas ninguém ouviu.

Ela estava presa no quarto com a caneta. A caneta que tinha vida própria. A caneta que tinha escrito uma história surrealista. A caneta que tinha se vingado dela.

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RAIMUNDO CAMPOS
Enviado por RAIMUNDO CAMPOS em 06/05/2023
Reeditado em 07/05/2023
Código do texto: T7781487
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