O MENINO E O TEMPO

Havia um menino na minha cidade que não tinha idade. Talvez ele já fosse um homem, não sei. Ele queria mudar o mundo. Fazer do planeta um lugar melhor para se viver. Amava os bichos e as plantas, e, tinha cuidados com o planeta Terra. Não a poluía com óleo e plásticos e vivia a plantar flores mundo afora.

No entanto o tempo interferia em seu viver. O sol e a lua faziam dele marionete.

Hoje caiu sobre a cidade uma ventania, seu peito batia mais forte. Seu sangue pulsava revolto feito as ondas do mar. Em noites de lua cheia quando ela surgia frajola no céu em sua saia de nuvens. O menino tem dores no corpo e sua alma sai pela noite em busca da luz do luar.

O sol majestoso em seu esplendor do verão transpassa sua pele e toca seus ossos como se fora um bálsamo a solidificá-los.

O menino não vive longe do mar. Sente falta do cheiro da maresia quando sobe a serra e fica um tempo por lá. Seus músculos se enrijecem e sua pele começa a secar longe do barulho das ondas.

Eu penso que este menino não é um ser deste planeta. Ele deve ser etéreo, uma entidade que a qualquer momento irá se desintegrar viajando pelo espaço em direção a uma estrela dentro de uma galáxia distante. Ele sabe como viajar pelo tempo, se deslocar pelo espaço e conquistar no universo o lugar que lhe é de direito e de lá ficar emanando luz a todos que estão perdidos neste planeta, no decorrer do tempo.

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10.10.22

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 10/10/2022
Código do texto: T7624679
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