O CONTADOR
Francisco de Paula Melo Aguiar
O apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos Corintios, diz que o amor é paciente.
Claro! A paciência ajuda a toda e qualquer criatura a ter relacionamentos amorosos e felizes.
O que é difícil para uma pessoa não é para outra.
Tem "moça" que é especialista em se apaixonar.
Atrai para si um homem num piscar de olhos, com ou sem redes sociais. Fica louca perdida por ele, em pouco tempo, descarta-o, rejeita-o, tendo como causa ou álibi algum defeito fatal do tipo, por exemplo: ser pobre, analfabeto ou letrado, alto ou baixo demais, jovem ou velho, não ser nerd, magro e ou gordo, sim, e por aí lá se vão as desculpas.
De tanto escolher amor, a amiga ricassa conta o que não vê e deixa de contar o que vê.
Ela própria se autorotula de trágica romântica.
Ela foi com umas amigas a uma festa nerd geek e lá a única pessoa que nada sabia o que estava acontecendo naquele mundo de realidade e fantasia era ela.
De cara se apaixonou por um jovem vestido a caráter...
Perguntou logo onde ele morava... qual a profissão do rapaz, ele disse que morava no Altiplano e era contador.
Paixão a primeira vista... o rapaz começou a frequentar a casa dela...
A felicidade não era maior porque o rapaz que estava ficando com ela queria casar, mas, ele sempre deixava jogada no chão do banheiro a toalha.
O babado era grande demais para ser verdade.
Um dia a trás do outro com uma noite no meio, ela passeando no comércio de Santa Rita, de longe viu seu bem amado entrar numa padaria, aí apressou os passos para fazer-lhe uma surpresa. Só que ao chegar a porta da padaria ele sumiu misteriosamente...
Aí o dono da padaria perguntou o que ela procurava? Ela respondeu que procurava o contador.
O dono da padaria chamou seus empregados para ver quem era o contador que a moça procurava.
E encontrou, sim, o "contador" de pão.