Diário 2 - minha jornada

A alguns dias me mantive entre as montanhas, observando, e descobri que aqueles lycans haviam partido, formado um novo Clan, precisavam aprender a ser livres, e espero que consigam.

Retornei aquela mansão, tudo estava em silêncio, o corpo inerte daquele ser ainda se encontrava ali.

Sabia que era uma propriedade isolada das demais, próxima demais da floresta e gostei disso, talvez seja meu lar, temporariamente. Me desfiz daquele corpo inerte, e com a ajuda da magia, lancei um feitiço sobre a mansão, nenhum humano jamais poderia vê-la e nem ao redor dela, estaria segura assim, longe de olhos humanos, curiosos e impertinentes.

Isso era o mais próximo que podia chegar, de um lugar que um dia chamei de lar.

Pesadelos ainda me atormentavam, mas aprendi a administrar isso em minha solidão, apenas não conseguia vencer mais minha cede, parecia que estava perdendo a sensatez que um dia tive.

Então, aprofundei-me ainda mais na floresta, deixando que ela se fechasse em volta da mansão, que todos já haviam esquecido.

Gerações já haviam sido exterminadas em nome de minha sede e a cidade, embora distante, já falavam da fera que rondava, e infelizmente essa fera era eu, em partes esses boatos eram favoráveis a mim, não ousavam ultrapassar os limites da floresta, estaria segura assim.

Com o tempo, novos seres foram ocupando a floresta, formando suas próprias nações, pois sabiam que ali estariam seguros de certa forma.

E assim passou o tempo, décadas talvez, já nem sei dizer, apenas seguia um dia de cada vez.

Condessa Drakon
Enviado por Condessa Drakon em 01/03/2021
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