LEMBRANÇAS DE ELVIRA

   A bela manhã de primavera deixou Ted entusiasmado com a natureza, jovem ainda apreciava o gorgeio dos pássaros e o barulho da cachoeira de águas límpidas em terras de propriedade de seu pai, terras que se perdiam no horizonte. Ali próximo existia um vilarejo e para lá se dirigiu, queria conhecer de perto aquele lugar pobre que contrastava com a vida que tinha, cheia de luxos e vaidades. Andou um pouco por ali montado em um belo cavalo e quando já retornava se deparou com uma jovem no caminho que lhe chamou a atenção. A moça morava naquele vilarejo e estava retornando para sua casa. Ted não a conhecia e parou para interpelá-la. Era Elvira, uma menina simples e de uma beleza singular. Conversou um pouco com ela e conheceu parte de sua história, marcando para vê-la no dia seguinte. Iniciaram então um namoro que durou alguns meses, mas Ted não estava pretendendo levar a sério essa relação, se achava muito moço ainda para um compromisso sério e quando descobriu que a namorada estava grávida tratou de se afastar definitivamente dela.

   Alguns dias se passaram e Ted não a procurou mais, a moça, no entanto, tentava se aproximar dele e sua insistência acabou deixando-o furioso ao ponto de espancá-la e mandar que não o procurasse mais. Temendo algum tipo de problema sua família deixou a propriedade e foram morar em outra mais distante, antes recompensando financeiramente os pais de Elvira para que evitassem mais problemas.

   O tempo passou e Elvira deu à luz uma menina que viveu e cresceu no mesmo vilarejo. Seu nome era Suzy e tinha uma grande semelhança com a mãe, eram altas e esguias. Até os dez anos viveram em perfeita harmonia até que Elvira adoeceu gravemente e veio a falecer. Porém, antes de partir, pediu a filha para que procuraase o oak indicando onde encontrá-lo, no entanto, antes disso acontecer, Suzy não resistiu por muito tempo com o sofrimento pela perda da mãe, sentia uma falta enorme dela e acabou adoecendo também e em pouco tempo foi para o outro plano da vida.