Renascimento - identidade oculta

Segui para a sala de interrogatório, junto a Draken e alguns servos leais, precisávamos estar prontos para um ataque desse ser.

Chegando a sala de interrogatório, o encontrei cabisbaixo, acorrentado pelas mãos e pés, isso não era típico de um demônio, geralmente ele estaria aos urros, praguejando e ameaçando, estranhei isso, e fui logo falando.

- Saudações, és prisioneiro deste castelo, sou Lady Drakon, responsável por ele e seus moradores, peço que se identifique e porque veio a essas terras. Entenda, somos vampiros, mas não matamos discriminadanente.

O ser apenas levantou a cabeça, e nesse momento nossos olhos se cruzaram, senti uma vertigem e senti minhas forças se evairem de meu corpo.

Meus pensamentos retornaram exatamente ao passado, mas não poderia ser quem ele se mostrou.

Nesse momento Draken me amparou.

- Soberana, está tudo bem? E virou-se para os que estavam presentes e ordenou que o matassem.

Nesse momento me desesperei e só tive forças para gritar.

- Não façam isso, é uma ordem.

E nesse momento, acabei desmaiando, quando despertei estava em meus aposentos, sozinha, então deixei que as lágrimas corressem livremente por minha face, todos os sentimentos e acontecimentos que queria tanto esquecer, voltaram latentes, então vi que não era o coração que retirei de meu corpo que me fazia sentir e sim a minha essência.

Não sei por quanto tempo fiquei mergulhada em meu passado quase sombrio, perdida em pensamentos, entre o amor e o ódio.

Logo ouço batidas na porta, tento me recompor e permito a entrada da serva, a meus aposentos.

- Está melhor.minha Senhora? Todos ficaram prwocupados.

- Sim... Estou recuperada, e o prisioneiro?

- Foi levado de volta a prisão, depois que Draken o interrogou, mas nada revelou.

Tentei me levabtar, mas ainda estava fraca, como ele podia ter drenado assim toda minha energia? Tentei me concentrar e com a ajuda de serva, logo segui para a sala de conferências e chamei com urgência Draken, que prontamente compareceu, e me informou que nada foi respondido pelo prisioneiro, mas não resistiu e me questionou pq não deixei mata-lo.

- Draken, entendo sua preocupação em mantê-lo no castelo, mas tenho quase certeza que ele não é o que se mostra ser.

- Confio no seu senso de observação Senhora, mas não quero colocar em risco minha tripulação nem tão pouco os moradores do castelo, sabes do que demônios são capazes.

- Sim, eu sei Draken, já matei muitos, mas esse é diferente, sei que é seu prisioneiro, mas peço que me ceda o direito de cuidar dele como acho que deva ser.

- Se é esse seu desejo, assim será feito Senhora, apenas peço que tome cuidado, prezo por sua segurança.

- Agradeço Capitão, sua confiança, garanto que não vai se arrepender, não colocarei ninguém em risco, garanto a você.

Dizendo isso, cuidamos de outros assuntos que se faziam necessários, e assim o dia seguiu, mas o prisioneiro não saia dos meus pensamentos, ordenei que o levassem pra ala.leste do castelo, longe da vista de todos, para a torre que era enfeitiçada e seria impossível escapar e dei ordem que ninguém entrasse, além de mim, e assim foi feito.

Vieram me informar que ele estava acomodado devidamente, com todas suas necessidades sendo supridas, e sem contato com nenhum ser do castelo.

Minha vontade era encontrar novamente com ele, mas não era o momento, então deixei que os dias passassem, até que minha alma estivesse pronta para o confronto.

Condessa Drakon
Enviado por Condessa Drakon em 09/04/2020
Reeditado em 09/04/2020
Código do texto: T6911365
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