RENASCIMENTO - O intruso

Finalmente é chegado o inverno, mas diferente do que eu estava acostumada, sem neve, apenas a chuva e o frio, mas mesmo assim era bom.

Passava a maior parte do tempo na biblioteca, estudando e relendo velhas escrituras sobre parte de mim.

Os moradores desse castelo, e nem mesmo Toran, sabe o que me tornei, uma híbrida, mas é melhor assim, a loba ficará adormecida e a vampira reinará, é assim que tem que ser.

Estava perdida em meus pensamentos, quando batem a porta e só assim volto a minha realidade.

Era Draken, permito que entre, penso que algo estava errado, embora não tenha tanto contato com ele a sua chegada realmente evitei isso, ele era bem vindo, porque o antigo senhor dessa casa decidiu, então ele disse:

- Saudações Nobre Senhora.... Precisamos conversar .

- Saudado seja Capitão Draken, algum problema?

- Apenas um Senhora...penso que está evitando minha presença...

- De maneira nenhuma, apenas muitos afazeres, e como sabe a administração deste castelo, requer muito tempo!

- Certamente, mas não pude deixar de notar, que desde a minha chegada nada questionou.

- Não haveria o porque... Esse castelo não pertence a mim, e as decisões de Toran não devem ser questionadas por mim, devo apenas aceita-las

- Não penso assim... já quenes a atual responsável.

- Enfim, em que posso ajudá-lo?

- Gostaria de prestar contas, sobre os despojos entregues, é parte do acordo, Toran nós dá asilo e em troca de um pagamento justo.

- Claro que sim, isso faz de você uma pessoa íntegra e correta!

- Grato! Embora pirata, honramos nosso acordo, agora a puder me acompanhar.

- Certamente!

O sigo em silêncio, na verdade não saberia o que dizer, somos de mundos diferentes, e não saberia como manter uma conversa com ele.

Finalmente chegamos ao porão do castelo, nunka havia me dirigido até lá, era bem diferente do que imaginei, na verdade era bem diferente dos que conheci, pois eram onde ficavam as masmorras, e aqui tudo é btao limpo e organizado, notei um grupo de piratas, jogando e bebendo em um canto, era assim que passavam o tempo em terra

Finalmente chegamos a última sala, quando Draken a abriu noteia quantidade de ouro e jóias, era demais para qualquer ser vivo, sobre a mesa estava um livro enorme, onde estava tudo relacionado detalhadamente, parte disso pertence a Toran.

Depois de tudo conferido e assinado, convidei Draken, para um passeio, apesar do feio, o dia estava lindo, ordenei que preparassem os cavalos e partimos rumo as colinas.

Era bom, me sentir livre novamente, a muito não me sentia assim, cavalgando até uma colina, não tão longe do castelo, sabia que não era adequado me afastar demais.

Descemos dos cavalos e sentamos para admirar a doce paisagem, o castelo ficava lindo, humanos jamais poderiam imaginar os seres viventes de lá, sabiam apenas histórias e evitavam se aproximar, afinal estávamos a quilômetros da civilização.

A noite se aproximava rápido, teríamos de retornar ao castelo, apesar de tudo, sentia me solitária, o que me fazia pensar, de que valia tanto poder e controle em minhas mãos, procurei não me deixar abater, só então notei o que era tão óbvio, Draken, também era um vampiro, jamais poderia ter imaginado isso, então perguntei:

- Capitão... Porque escondeu sua essência assim?

Ele olhou-me e apenas sorriu, um sorriso encantador, digno de um vampiro.

Tinha tantas perguntas a fazer, mas não sabia por onde começar e também não queria ser evasiva, devia respeitar a privacidade alheia, então.me perdi em meus pensamentos mais uma vez

Nesse momento nossos animais ficam agitados, só então noto uma sombra entre as árvores, imediatamente pego meu punhal, e fico com meus instintos em alerta máximo.

Me aproximo dos animais e tento acalma-lod, só então noto que Draken já não está ao meu lado, foi atrás do intruso.

Algum tempo depois, ele retorna com um ser grotesco, era um demônio, aprisionado por Draken, apenas ocupamos nossas montarias em silêncio, levando nosso prisioneiro.

Precisava saber o que ele queria, ordenei que o levassem para a prisão, logo iria a seu encontro, Draken assim o fez.

Logo ele retornou a minha presença, dizendo que o prisioneiro estava pronto para o interrogatório, e solicitei que ele me acompanhasse, não confiava em demônios.

Já matei muitos em minha existência e não né orgulhava disso, temia pela segurança dos moradores do castelo, talvez não tenha sido uma boa ideia, trazê-lo pra cá, mas agora é tarde demais para voltar atrás.

Condessa Drakon
Enviado por Condessa Drakon em 15/02/2020
Código do texto: T6866605
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