Ares de loucura

Contradita ativa a nitroglicerina ínsita ao ser. Erige vulcão em erupção que confunde 1789 com 1945. Em algum momento, até ouviu falar da Revolução Burguesa e da Guerra Fria.

A seu ver (se é que enxerga), tudo significa machado fatal. Sente-se o intelectual, o normal, o leitor, o escritor - muito embora não saiba falar paradoxal.

Passivo agressivo em jogo utópico de vítima de suposto preconceito. Na verdade, oportunista e multiplicador da cultura perdida. O saber agride sua falta de saber. Não sabe nem quer saber.

Professa o caos. Não o caos mitológico, mas a desordem do caos. Esforça-se ao extremo para operar a incrível arte de ligar o nada a lugar algum. Goza ao verbalizar signos. Por óbvio, não os linguísticos, mas os do zodíaco.

Olhos invejosos que espelham a pobre alma errante. Alma pobre? Quisera alienação para o nada enxergar. Como já profetizara o poeta, se soubesse quem é, o que saberia?

Factualmente, lembra o destino a conduzir uma carroça de tudo pela estrada de nada. Deveras, falhou em tudo? Vencido com ares de vencedor ou vencedor com ares de vencido? Nada mais que vendedor da própria ilusão.

@engenhodeletras

Professora Ana Paula
Enviado por Professora Ana Paula em 10/10/2019
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