NO CUME CALMO DO MEU OLHO QUE VÊ ASSENTA A SOMBRA SONORA DE UM DISCO VOADOR, JÁ DIZIA RAUL SEIXAS
Sentado sobre uma enorme pedra, coisa típica das cidades do interior, principalmente no agreste, estava eu a observar a bela paisagem que me era oferecida pela natureza exuberante deste nosso país, apesar de lá fora (exterior) existirem paisagens bem mais impressionantes, quando sem mais nem menos me pus a imaginar uma situação que foge atualmente dos conceitos dessa humanidade interesseira. Não é lá coisa do outro mundo e talvez até seja, estamos caminhando com toda certeza para tempos difíceis e caóticos, ninguém há de duvidar de mim que estou em concordância com a maioria dos pensantes das coisas impossíveis aos nossos olhos, mas do jeito que as coisas vão teremos relatos de fatos que deixarão todos de cabelos em pé. É isso mesmo, a gente vai passar por situações que até o diabo pode duvidar.
O vento soprava forte nessa parte alta onde eu me encontrava, era de tardezinha, umas quatro e pouco mais ou menos, quando meu subconsciente começou a captar sinais de algo que seria visível aos meus olhos, somente aos meus. Imediatamente meu consciente tomou ciência e transmitiu imagens para que minha visão captasse as mesmas via retina super poderosa. Calmo estava, calmo fiquei, esperei que tudo se concretizasse de acordo com o que foi projetado por mim, nada poderia estragar os meus planos e não adianta me chamar de louco, me baseei em uma música de Raul Seixas, "Ouro de Tolo", para fugir um pouco da rotina, todo mundo tem um jeito de fugir da rotina e isso é normal (na verdade cada um de nós tem as suas loucuras).
Mas voltemos a minha loucura, digo, ao meu modo de colocar a mente para trabalhar de uma forma diferente e que me dar muito prazer fazer isso de vez em quando, programa que me tira do estresse e me transforma mentalmente. Continuo sentado olhando para o horizonte, na minha frente um morro, no cume dele percebo uma poeira em forma de espiral, algo vai acontecer, deduzi. E aconteceu, do alto das poucas nuvens brancas surgiu um objeto voador não identificado, muito conhecido por OVNI, negado por muitos e aceito por alguns, como eu por exemplo. Era um disco voador pousando no cume do morro com muita categoria, emitia um zumbido estranho, essa sonoridade não me perturbava, muito pelo contrário, me fazia um bem danado. Sua sombra era impressionante, seu formato oval coincidia com os relatos que eu sempre ouvia de pessoas que afirmavam terem visto um disco voador, disco esse que estava agora vendo, ele estava diante dos meus olhos.
O espetáculo durou poucos minutos, o suficiente para satisfazer os meus olhos ávidos de imagens nunca vistas antes e que me deixaram bastante feliz. Não saiu da nave nenhum homenzinho com antenas na cabeça, não foi necessário, essa visita foi apenas para o meu deleite. Em seguida o OVNI subiu e ganhou os céus rumo ao seu planeta de origem.