PARQUE DE DIVERSÕES: CHAPÉU MEXICANO
PARQUE DE DIVERSÕES: CHAPÉU MEXICANO
1.965: Ainda cursava o segundo ano de Metalurgia na Escola Técnica Industrial de Metalurgia em Acesita.
Quando tínhamos alguma folga nos horários livres, íamos, eu e diversos colegas dar umas voltas na cidade, tomar umas e outras ou paquerar.
Neste dia instalaram um parque de diversões em um terreno próximo a escola e lá fomos nós para curtir um pouco.
Tinha muita gente, típico de cidade do interior.
Nosso colega Marcos resolveu, pela primeira vez, a arriscar no brinquedo CHAPÉU MEXICANO.
Não foi falta de aviso: não vai que você vai enjoar...
Mas, teimoso igual a uma mula, comprou o ingresso, enfrentou uma grande fila e entrou. Sentou naquela cadeira desconfortável, atravessou o cinto de segurança naquela barriga de chopp e ainda acenou para nós, que assistimos de camarote, ou seja, bem longe dali.
Embaixo, ao redor do brinquedo, dezenas de pessoas encostadas na gradezinha de proteção curtiam as pessoas e até aplaudiam quando o “chapéu” alcançava uma grande altura.
Mas, uns cinco minutos depois de dar infinitas voltas, ainda de olho no Marcos, quando vimos que estava pálido e com cara de “quem comeu e não gostou”! Olhava para nós, com cara de que pedia socorro, mas não tinha como pedir para parar aquele liquidificador de alimentos.
Não demorou muito e percebemos que suas bochechas pareciam mais um “pelicano com dengue”.
Não deu outra: ele olhava para o pessoal ali embaixo –parecia que estava até com dó e piedade – mas não teve jeito! Começou a golfar e jogando o que restou do almoço e do café da tarde naqueles infelizes espectadores...
Até hoje não consegui esquecer aquela cena. Foi correria pra todo lado e xingatórios geral – o mais comum naquela época era FILHO DE UMA ÉGUA...
Mas, na verdade, a lembrança que mais me marcou foi ver um aleijado que escorava nas muletas e na grade...
FOI A PRIMEIRA VEZ NA VIDA QUE VI UM COXO CORRENDO A +- 60 KM/H e...SEM AS MULETAS...