METEORITO DE BENDEGÓ
Pesando um pouco mais de cinco toneladas, o meteorito caiu no sertão baiano e foi encontrado em 1784. Foi encontrado próximo ao riacho Bendegó, localizado no município de Monte Santo na Bahia, por isso, recebeu esse nome de meteorito do Bendegó.
Baseado nessa informação, vamos desenvolver este enredo. A esta parte do meteorito que caiu no Brasil, chamarmos de Bendegó I, mais tarde você saberá o porquê disso. Um Geólogo de São Paulo teve acesso ao meteorito e retirou um pequeno pedaço para estudo, não foi fácil ter essa liberação, mas conhecido aqui e ali, então conseguiu liberação para retirá-lo.
Feliz com a amostra, o geólogo o transformou numa espécie de talismã e sempre estava com a ‘pedra’. Exibia entre os conhecidos e se orgulhava daquilo. Costumava passear pelas praias de Santos onde passava quase todos os finais de semana. Sentado num banco admirando o por do sol, pegava aquele pedaço de meteorito o colocava contra o sol e ficava imaginando aquilo voando em velocidade tremenda pelo espaço.
O Geólogo paulistano era relativamente jovem e sonhador, talvez, por isso, ficava delirando essas visões do seu imaginário, principalmente quando olhava para o céu. Ao geólogo vamos chamar de Paulo Anselmo.
Então Paulo Anselmo foi convidado para atravessar o Atlântico, um congresso na Alemanha e os preparativos para essa viagem começaram cedo. Anselmo estava empolgado, era sua primeira viagem internacional e tudo seria pago pela organização.
A ‘pedra’ que era o seu amuleto da sorte, seu talismã inseparável, já estava relacionado como o primeiro da lista e assim o foi. O mistério do meteorito foi guardado de todos, nem mesmo Anselmo que nunca se separava dele, sabia. Tudo ficou para a chegada à Alemanha.
Meteoritos também caem por lá e coincidentemente também existem aqueles que guardam pedaços transformando-os em amuletos. Foi o caso do também geólogo Klaus Joseph que aguardava ansioso, a chegada de Anselmo. Os dois só se conheciam via internet, mas já haviam desenvolvido uma amizade legal. Foi Klaus que o convidou para participar desse congresso.
Bom! Chegando a Alemanha, Anselmo foi levado por Klaus para a sua casa e os dois tinham muito que conversar, o assunto, obviamente, era meteoritos. Descansado, no dia seguinte, os dois foram visitar o local do evento e lá estavam expostos todos os meteoritos já encontrados na Alemanha. Anselmo ficou encantado! Visita terminada, os dois voltaram para casa e o assunto continuava o mesmo, os dois gostavam muito do que faziam e envolvidos nesse ambiente nem sentiam o tempo passar.
Acontece que misteriosamente, os pedaços de meteoritos que os dois guardavam orgulhosos e com zelo, ganharam vida, eles falavam, tinham sentimentos e tudo... Esses mistérios do universo que a gente não entende ainda.
Até que chegou hora em que Anselmo tirou da camisa, seu colar e lá estava a ‘pedra’ cheia de mistérios e segredos. Anselmo a mostrou para Klaus que imediatamente assustou-se, pois o seu amuleto era idêntico ao de Anselmo, puxou o seu colar e as ‘pedras’ se reencontraram. Elas que eram fragmentos do mesmo corpo celeste, separadas há anos, pelo tempo e pelo oceano Atlântico, pois um pedaço caiu no Brasil e o outro na Alemanha.
O ser humano não conseguia ouvir a comunicação entre elas, mas as ‘pedras’ cheias de alegria, automaticamente reconheceram-se e postas juntas, se abraçaram e se emocionaram, pois, por mais incrível e impossível que possa parecer, até as pedras se encontram, ou melhor, se reencontram.
Fica a dica para todos aqueles que imaginam nunca mais reencontrar aquela pessoa especial que tanto procura ou procurou, acredite! “Até as pedras se encontram”.
Ênio Azevedo.