A jibóia voadora
Era uma jibóia dentro de casa. Com ela, pratico as artes marciais que aprendo na academia. A suíte é a arena de combate. Não há mobília, apenas a cama. Os dois corpos enrolados. A jibóia, sempre doméstica, está enfurecida. Baba e solta fogo pelas ventas. Destempera-se. O que a princípio era uma brincadeira de luta, se transforma em um ambiente hostil. O Jiu Jitsu é a única saída. Enrolo mãos e pés ao corpo da jibóia para imobilizar. Permaneço naquela posição estática até que o cansaço mine o comportamento arredio. Quando isto não é possível e os corpos se desvencilham é pernas pra que te quero. Fujo para o banheiro. A jibóia se lança feito ferro por debaixo da porta. Dá fortes pancadas. Destrói. Mas não a ponto de conseguir entrar. Permaneço ali pavoroso. Encurralado, penso em enfrentar. Abro a porta e pratico Jiu Jitsu. Enrolo o meu corpo ao corpo dela. E observo algo impressionante. A jibóia havia descascado as paredes da suíte. E o que é mais assustador... Como que houvesse voado esfaqueou o reboco no alto da parede rente ao teto, onde não seria possível alcançar. A porta da suíte está fechada e sem chaves. Estou neste cativeiro. O Jiu Jitsu é a única saída. Espero ela adormecer, enrolado ao seu corpo. Uso o telefone e peço socorro.
Era uma jibóia dentro de casa. Com ela, pratico as artes marciais que aprendo na academia. A suíte é a arena de combate. Não há mobília, apenas a cama. Os dois corpos enrolados. A jibóia, sempre doméstica, está enfurecida. Baba e solta fogo pelas ventas. Destempera-se. O que a princípio era uma brincadeira de luta, se transforma em um ambiente hostil. O Jiu Jitsu é a única saída. Enrolo mãos e pés ao corpo da jibóia para imobilizar. Permaneço naquela posição estática até que o cansaço mine o comportamento arredio. Quando isto não é possível e os corpos se desvencilham é pernas pra que te quero. Fujo para o banheiro. A jibóia se lança feito ferro por debaixo da porta. Dá fortes pancadas. Destrói. Mas não a ponto de conseguir entrar. Permaneço ali pavoroso. Encurralado, penso em enfrentar. Abro a porta e pratico Jiu Jitsu. Enrolo o meu corpo ao corpo dela. E observo algo impressionante. A jibóia havia descascado as paredes da suíte. E o que é mais assustador... Como que houvesse voado esfaqueou o reboco no alto da parede rente ao teto, onde não seria possível alcançar. A porta da suíte está fechada e sem chaves. Estou neste cativeiro. O Jiu Jitsu é a única saída. Espero ela adormecer, enrolado ao seu corpo. Uso o telefone e peço socorro.