Preso à presa
A imagem que faço da "presa", pode estar dissociada da realidade mas ainda não achei alguém para ma elucidar. Tampouco andei à sua procura.
A presa - forma popular de se referir a represa, suponho - era onde as lavadeiras do povoado de São Gonçalo do Brumado reuniam-se para a esfregação e as consequências dessa ação. Em plena luz do dia, é bom que se ressalte.
O acesso era penoso para uma criança como eu, pouco afeito a me aventurar além do portão de casa. Mas hei de ter lá ido ao menos uma vez para ficar remoendo com essa idéia. E creio até que após descer aquela quase pirambeira na cola de mamãe, resisti a descer os degraus que acessavam aquela fonte. E vai ver que as palreiras lavadeiras tenham até caçoado de minha descoragem. Ou de minhas calças curtas demais. Fui-me embora à busca da segurança das nossas paredes e do nosso quintal.
Só que a idéia da presa prendeu-me. E, sem ser esfregada, segue quarando na minha consciência. Será que me faltou tutano para acompanhar mamãe naquele calabouço? Ou foram mesmo culhões...