Treva Romântica
Ele não via a hora dormir. Era nos sonhos que eles se encontravam. Com ela também era assim, não via a hora de ir pra cama. No meio da noite seus sonhos se fundem misteriosamente para que vivessem (sonhassem) o “olho do olho”.
Nuvens estavam no solo. Tranquilo.
Mas, a rua começou a sua violência: tiros, mortes, estupros.
Os olhos dela assustados, logo ele a pega na mão e se escondem numa loja de presentes românticos. Contudo, não podia e não havia clima de romance, mas sim de medo e pavor.
Um grande urso de pelúcia começou a se movimentar, se aproximara para abrir a sua barriga e convidar a se adentrar por ela. Toparam. Parecia ser um portal.
No outro lado, tudo parecia ser tão infantil. Ele estava uma criança, ela também. Eles começam a brincar numa surreal fusão de infantilidade e maturidade, eram mais crianças que adultos numa sala cheia de brinquedos.
Ele foi para os carrinhos que surrealmente eram realistas, haviam pequenas pessoas lá dentro, e como se ela fosse menino brincava sorrindo amável pra ele.
Ela menina adulta teve uma ideia quando viu e ouviu uma boneca que chorava como um bebê de verdade. Brincou de ser mãe e chamou o que seria o pai de mentira de querido, quando se aproxima sorri. Ele deu um beijo leve com os olhos fechados, e quando abrem são dois adolescentes num ginásio que estava havendo um show de Rock.
Passou-se um tempo curtindo os dois aquele som emocionante, que um cara se aproxima e da em cima dela, no que ele então lhe dá um soco no rosto que o atira até o palco, mais precisamente na bateria estragando a diversão de todo mundo. Todos então se revoltaram e o casal teve que fugir.
Saíram pelo portão e trancaram com chave.
Correram até ficarem meio longe e decidiram sem medo olharem pra trás pra ver se ia ficar tudo bem. Mas o portão explodiu, e começaram a ver a transformação de rostos humanos se transformarem em rostos de monstros.
O tempo estava obscurecendo, e enquanto eram perseguidos, homens de terno apareciam, atiravam e matavam, doando uma arma extra a cada um dos dois. E numa deliciosa psicopatia começaram a matar. Assassinos de ilusões sorriem um tanto diabólicos depois do extermínio e se beijam ardentes.
No entanto, para o desprazer de ambos, ao se encerrar o beijo, viram que estavam rodeados de espíritos vingativos. E começa o assombro. Não conseguem mais se salvarem, estavam inúteis, o que podiam fazer com aqueles demônios? Cada tiro, cada chute, cada soco eram tudo em vão. Olham um para o outro com expressão de dor. Poderiam ao menos se enlaçar em meio ao tormento. E agora numa escuridão ambos eram afligidos por eles até ela gritar forte: aaaahhhhh!
O pesadelo acabou assim que ambos cada um em sua casa acordaram suados e opressos.
Não era hora de pensar nela agora, e nem ela nele. Não era hora de pensar no amor, ou de se preocupar se ambos ainda vão um dia saber aonde o outro mora. Era a hora da misericórdia. Eles precisavam muito se livrar do mal que oprimiam suas cabeças.