Nova Era
Calmo estava o dia para Abel e sua mulher. O homem brincava com a tranquilidade na cama cômoda, diversão com seus devaneios:
Sua linda esposa o beijando. O filho que não tinham chorando. Um navio naufragando, e ele super-herói.
Acaba a calmaria e vem tribulação. Ele e sua mulher eram apenas duas vítimas, cada um com uma arma apontada na cabeça.
As joias milionárias no cofre logo estavam nas malas dos doze vilões.
Escárnio nojento e aproveitador de uma mulher violenta que não se aguenta e faz um grande corte no rosto da madama indefesa que grita de dor. E Abel vocifera:
– Hei!
Bandido:
– Vai fazer o que? Quer morrer? Fica quieto aí.
Ela chorava muito. Abel consola:
– Calma amor, eles saindo eu te levo ao hospital – E foi assim.
Os bandidos ficaram ricos tendo um olimpo de trevas, vivendo vazios de alma até o fim. Depois do olimpo o sheol.
A mulher ficou com uma marca no rosto. E depois da alta médica viviam suas vidas, desapegados e consolados.
Esse lindo casal tinham o mais essencial. Eles que eram poderosos em material, eram fortes espirituais.
Eles que tinham um Céu na Terra, na caridade faziam pequenos paraísos a muitos.
Ela agora num dia calmo estava na cama a devanear:
O toque amoroso do seu esposo. O riso do filho que não tinham ainda. Praia, sua família, e a harmonia de pessoas felizes.
Desperta e se relaciona com seu homem.
A semente de um anjo foi colocada nela através do ato sagrado do amor, e dentro dela se evoluía.
Uma porcentagem enorme de paz foi derramada a Terra, pessoas estavam mais humanas agora, houve um mudar psicológico na mente das gentes.
O filho nasceu e cresceu, rindo e chorando, mas com a sorte de uma era mais pacífica.
Foram tantas as viagens da família em um mundo novo e maravilhoso.
E foi num dia, numa praia, que o jovem encontrou a sua moça.
Sua mãe vive e vê tudo aquilo com a recordação que teve há muito tempo: de um simples devaneio similar tal sólida realidade.