O Casarão

Todos que passavam diante daquele portão, enferrujado com suas dobradiças e ferrolhos; igualmente enferrujados. Tomado por plantas e matos por todos os lados. Eram atraídos pela curiosidade, sobre o velho casarão em ruinas, que ficava atrás, um pouco ao longe, mas na direção daquele velho portão e que pertenceu a um grande gênio das artes.

O velho casarão ao longe era nada mais, que uma vista de uma enorme mansão, abandonada. Acinzentada, empoeirada e por fora, tomada; cercada por plantas e matos. E ao olhar para aquele velho casarão, nos remetia em nossas mentes, memorias vividas por outras pessoas. Memorias de vidas passadas e isso escondia nas entranhas daquele casarão o seu segredo e a sua maldição.

E pela curiosidade muitos eram atraídos e levados adentra aquele velho casarão. Estes cuja a curiosidade era apenas uma deusa, mar. A levar aqueles para uma terrível e angustiante armadilha.

Todos que entravam naquele casarão, assombrado e amaldiçoado, jamais eram vistos novamente. Sumiam simplesmente sem deixar nenhum rastro ou prova que os levasse aos seus paradeiros. E os que saíram vivos preferiam terem morridos, logo depois, porque saíram amaldiçoados e perseguidos. Pela mesma maldição que nasceu junto com o dono daquele casarão.

Um jovem e perturbado artista, que passava boa parte do seu tempo em pleno ar livre, no lado de fora do casarão. No jardim que havia, quando existia vida em todo aquele lugar. Tomado por uma total solidão e angustia, que ainda permeava todo o local.

O jovem artista então passava o seu tempo ao ar livre, a produzir a sua arte. Se expressando de todas as formas possível. Dando vida a lindas pinturas e belíssimas esculturas. E versos encantadores, cujo os pássaros paravam para ouvi-lo recita-los, para depois seguirem cantando. Musicando os belíssimos e magistrais poemas daquele artista.

A sim como também não só os pássaros, mas toda natureza parecia parar. Para velo se expressar e dá vida e luz. A diversas esculturas; pinturas, em pleno ar livre. Como ele sempre preferia estar, quase sempre em contato mais próximo, com a natureza e a sim de Deus.

E o verde se misturava com as cores das flores e tudo parecia uma belíssima pintura a óleo sobre tela. Com um grande artista no centro a expressar com tanto amor e paixão pela vida, a sua arte, através da sua alma e também do seu coração.

Considerado um gênio e como tal problemático, tanto quanto complicado. Cuja a própria arte o matou a sim como também o eternizou, através dos seus sentimentos. Desde quando havia vida naquele casarão.

E toda beleza de fora, desde do verde das folhas das arvores e das cores das flores, dos cantos dos pássaros. Tudo isso só lhe servia para trazer amor e alegria, cujo ao coração daquele artista, havia amor por tudo e por todos ao seu redor. E a vida natural da beleza, natural da natureza, simplesmente o encantava. O enchendo de amor e de inspiração, dentro das profundezas da sua alma e igualmente também do seu coração, sempre apaixonado pela vida.

Sua expressão era de tal forma tão angelical, e sua própria loucura era também sua fonte de vida e de criação. Na total solidão ele encontrava através do amor pela vida e por tudo mais. Inspiração para prosseguir e um amor secreto guardava dentro de si. Um amor por uma linda jovem. Aquém ele amou com dor e alegria durante toda sua vida.

E o tempo para ele e para o seu amor, parecia simplesmente não existir. Pôs nada que vinha do teu coração tinha fim. A sim como igualmente a sua total loucura que o fazia cada vez mais genial e indomável.

Em casa enquanto tocava em seu piano ou violino. Os pássaros pousavam na janela para escutar as belíssimas melodias na qual ele criava, do fundo da sua alma. E seus servos também paravam só para o admirar e se encantar com tamanha perfeição, que ele era capaz de criar através do amor.

Não foi atoa que os seus país o batizaram de Orneu. Orneu na mitologia era um dos anjos que vivia eternamente no paraíso, por amar tanto a vida, arte e próprio amor. Mas que também vinha a visitar a terra por causa da beleza e pureza de uma jovem mortal chamada, Eurnídice.

Alguns acreditavam que o jovem artista Orneu, era a reencarnação do anjo mais próximo de Deus, Orneu.

Todo seu amor e sua loucura se intensificou através do triste recardo, trazido por uma pomba branca, na qual vivia com ele e era carinhosamente chamada de, Lina. E as palavras que proferiu a pomba, transformou o seu coração carregado de amor e paixão. Em uma total, escura, escuridão, fazendo o mergulhar de vez em um lago de dor e tristeza. De pura depressão movido por sua dor e angustia.

Lina a bela pomba branca, havia lhe contado que a bela e jovem amada de Orneu, que também a sim como na mitologia, também se chamava, Eurnídice. Havia adoecido e morrido repentinamente. E enquanto ouvia Lina, proferir tal noticia sobre sua amada. Que nada mais era do quer uma noticia tão amarga. Sua alma e seu corpo foi tomado por uma completa tristeza. E seus olhos se tornavam avermelhados e a serem tomados por lagrimas de dor e também de amor. Que se desse para ver a sua verdadeira cor, não seria cristalina como cristal, mas as lagrimas seriam negras, como um lago escuro e profundo. De pura dor por ter perdido a existência de Eurnídice, o seu amor.

Mergulhou-se cada vez mais acompanhado por toda sua loucura e perturbação no mesmo lago negro e profundo de tristeza e solidão. Desde então a tristeza tomou conta da sua vida, permanecendo um longo período, simplesmente trancando. Ater que passou a transmitir toda sua dor e tristeza, além do amor, para sua arte com todo o louvor possível.

Mesmo suas esculturas, pinturas, melodias e além de textos se tornando cada vez mais tristes, sombrios e melancólicos. Ainda chamava atenção e causava comoção a todos aqueles que presenciava a sua arte. Os pássaros não mais musicavam seus versos e nem cantavam mais suas melodias. Mas choravam com a dor e tristeza que Orneu expressava, ainda com amor e louvor.

Seus servos ainda fies se entristecia ao ver o artista cada vez mais mergulhado na tristeza. E expressando sua solidão interior com tamanha clareza e louvor. Mas num belo dia, olhando o azul celeste, conformado com a com perda de sua amada. Cuja jamais deixou de amar em nenhum instante da sua existência em vida. E de eterniza-la, através da sua arte. Orneu, sentiu que algo horrível estava para acontecer, então desceu rapidamente as escadas.

Gritou Orneu:

– Vão estão dispensados! – Gritou se dirigindo aos seus servos.

– Mas, como senhor? O senhor não parece esta bem – respondeu, Maria, desesperada.

Maria, uma das mais antigas servas da família de Orneu, que o viu nascer.

Uma dor incomensurável brotava das estranhas do artista e não era algo normal, mas sobrenatural. Então ele voltou a gritar para seus servos, principalmente para Maria.

– Maria, por favor vai embora – naquele momento, todos estavam desesperados. E o templo lá fora nublado – Por favor vão! Vão embora, vai embora Maria! Eu não sei o que pode acontecer com vocês se ficarem aqui – gritava Orneu.

Enquanto o tempo escureceu, seu corpo se contorcia de dor, e as entranhas de Orneu se rasgaram se espalhando por toda sala que a sim como Maria, ganhavam também uma coloração avermelhada pelo sangue do artista. Que logo depois se tornou cinza, tomando toda a sala, a sim como Maria, que tambem assustada, se transformava numa belíssima escultura. A sim como todos os seus outros servos se tornaram escultura. Cujas algumas as faces, expressavam preocupação e outras sentimentos como: dor, desespero, terror. E nada mais que isso.

Orneu, ainda vivo, teve forças para subir ater o seu atelier a onde estava a sua ultima tela em branco. Então de frente para ela, quase que morrendo, enterrou sua mão direita em suas entranhas e manchou várias vezes, aquela tela alva, branca como as nuvens de um belo dia de sol. Com o seu sengue, finalizando por fim, sua última obra de arte. Então por a sim como os seus servos. Orneu também se tornou uma belíssima escultura, onde expressava em seu rosto, todo seu amor pela vida, pala arte e por sua amada.

E toda casa se transformava em cinza e do lado de fora do casarão. O verde das arvores, das plantas, dos matos. A sim como as cores das flores, morrerem, perdendo sua cor e se tornando pretas e cinzas. Desde então o jardim que ali existia, passou a brotar rosas negras. E todas as arvores secaram, morreram. E o casarão ganhavam como guardiões, corvos com suas penas negras, como de uma noite eterna.

Logo em seguida depois que finalizou a sua última obra de arte, sua escultura e a sim como as de todos os servos, escureceram, queimaram e viraram pó. Um fogo brilhante que subia aos céus.

Seus servos a sim como Orneu, eram anjos encarnados. Só que protetores de Orneu em vida. E voltaram aos céus e Orneu por fim retornou ao paraíso, a onde por fim encontrou sua amada, a bela, Eurnídice.

E no velho casarão as únicas coisas que ficaram intactas e que foram levadas, para museus e galerias foram suas artes. Ficando a sua última obra de arte, como a mais importante e cara. A tela cuja com seu sangue, ele pintou e finalizou o retrato da sua amada flor, Eurnídice.