Prologo: AS LEMBRANÇAS DE UMA VIDA PROGRESSA.

Prologo: Na próxima vida eu quero.

Eu quero nascer em uma cidade de clima frio com florestas de pinheiro, e que a neve pinte as folhas de branco no inverno.

Quero crescer em uma casa na beira de um lago que termina com vista a uma montanha com o pico envolto em neve. Que esse lago congele no inverno, e que o inverno coincida com o natal, quero ir com a família em busca do pinheiro perfeito para ser feito de arvore de natal. E com pinhas verdadeiras, enfeita-la.

Quero que meus pais me levem para o primeiro dia de aula. Quero me lembrar por toda a vida desse dia. De como é sentir medo por não saber o que encontrar. Nesse dia quero conhecer meu melhor amigo, por alguma razão, sempre penso que um melhor amigo deva ser chamado de Bob. Que ele seja gordinho e brincalhão.

Quero acampar com meus amigos e comer marshmallow enquanto contamos historias de terror a beira de uma fogueira. Quero ter três amigos, incluído Bob, Unidos, o valentão da escola nunca nos enfrentará. Não quero ser popular na escola, quero ser um típico Zé ninguém e sua turma de “Ze’s Ninguéns”.

Quero ter um primeiro amor, e com ela quero o meu primeiro beijo, e que seja em um deque na beira do lago, ao por do sol. Quero que ela se mude semanas depois para uma cidade distante. Quero sofrer e chora trancado no meu quarto por semanas.

Quero conhecer uma linda jovem no outono seguinte, que me faça esquecer aquele primeiro amor. Mas como sou tímido, não terei coragem de chama-la para sair. E quando menos perceber, já seremos melhores amigos, estarei preso na temível zona da amizade. Ela será tão linda e começará um namoro, eu não vou gostar do namorado dela, será um babaca e só ela não verá.

Após as aulas, sempre nos encontraremos na cafeteria, meus três amigos e ela, o único membro feminino da turma dos mais desajustados. Não haverá explicação para ela andar conosco, apenas fará.

A escola acabará, e no baile do terceiro ano estarei sem par, triste, é o fim da adolescência. O verão já não significa alegria. Meus amigos irão para uma universidade diferente da minha logo ao fim do verão.

Sentado na arquibancada, vejo todos dançarem, bob estará magro.

Então, a verei brigando com o namorado, ele sairá e ela correrá atrás, o carro cantará pneu, ela o chamará de idiota ao longe. Eu chegarei, ela não dirá nada apenas me abraçará. Levá-la-ei pra casa, a farei ri. Antes de entra, ela me falará que irá pra mesma universidade que eu. Eu, como sempre ficarei calado.

No dia seguinte descobrirei que eles terminaram, e aparentemente, sem fazer nada, serei o culpado. Levarei uma surra do ex, mas, estarei feliz, ela escolherá a mim, vai para a mesma universidade que eu por que me amará. Eu direi que a amo, ela me beijará. Assim irá ser a primeira vez.

No ultimo dia do verão, me despedirei dos amigos, o fim de três ótimos meses, os últimos daquela vida, a adolescência. Viajaremos uma semana antes do inicio das aulas, seremos colegas de quarto, (já serão 3 meses de namoro).

Não quero uma vida de escolhas fáceis, qual seria a graça?

Após arruarmos nosso quarto, iremos para a cafeteria mais frequentada da cidade, ela me levará no carro que ganhará dos pais. A umas três mesas de distância verei o meu primeiro amor, ela não me verá, meu coração acelerará, acharei ter a esquecido, estarei errado. Ela estará tão lida. Desviarei o olhar, porém, não disfarçarei a surpresa. Voltaremos para o campus, pensarei que seria ótimo nunca voltar a vê-la.

Minha primeira aula, no acento vazio ao meu lado, ela irá sentasse.

-“quase não te reconheci naquela noite” ela dirá.

Desculpem-me, está difícil de escrever. Tomarei uma licença poética e mudarei o tempo do texto. Além disso, devo dizer que sinto que nessa vida progressa, nesse ponto onde parei, precisarei tomar uma decisão importante. Acontece que não conheço muito bem esses dois amores. Logo, precisarei voltar no tempo, de um tempo ainda futuro, para assim, conhece-las melhor e poder tomar essa decisão que precinto ser necessária.