Um bebê muito estranho
Maria já entrada nos quarenta, sem esperança de casamento, decidiu-se de imediato em realizar seu antigo sonho: Ser mãe.
E logo começou a ler, pesquisar e acabou às portas do Banco de Sêmen local.
Alguns meses mágicos depois, já estava grávida e feliz.
O bebê nasceu realmente lindo, rosado e fofo.
- Uma graça!
O bebê quase não chorava, trocou o dia pela noite. Dormia durante os dias e as tardes inteiras. Só acordava, pontualmente, à meia noite e ficava desperto até os primeiros raios do sol.
Só que numa dessas noites de sono, enquanto amamentava o pequenino herdeiro, feriu seu dedo com uma agulha espetada inadvertidamente no sofá onde ela estava.
O mais estranho é que o bebê, imediatamente largou o peito da mãe, e de boquinha aberta colheu no ar as pequeninas gotas de sangue que caiam do dedo de Maria, que assustou-se com o fato, mas entre o sono em que estava e o irreal cenário que as madrugadas criam, pensou ser sua imaginação em ação e nem percebeu o sorriso de satisfação nos lábios do pequenino.
Mas ela percebeu algo estranho, quando ele com poucos meses
ainda, passou a espichar suas mãozinhas até alcançar e abocanhar os pedaços de carne de seu prato.
Algum tempo depois, já na fase da dentição do pequenino estranhou seus dois caninos que mais pareciam os de um vampiro.
Aí sim, foi a gota d'água e Maria usou de todos seus artifícios e armas para conseguir a paternidade de seu filho.
Ela chegou até a subornar um funcionário do banco de sêmen, que lhe entregou a ficha do pai.
Aí ela surtou. No papel estava escrito:
- Conde Von Drácula!