Uma nova era ( guerra e julgamento)

Meio século se passou, depois dos acontecimentos fatidicos, havia me mantido nas terras do norte, treinando com os guerreiros, evoluindo dia a dia, agora com a presença de um Guardião, que me ajudou a me equilibrar novamente, estava pronta para a volta a meus dominios, mais forte, mais mortal, e isso era realmente necessario, pois informaçoes que me chegaram era que o governador do reino do leste, era um ser sombrio, e cruel, transformando aquele lugar, em um lugar triste e sem vida, precisava recuperar a paz, e assim o faria.

Me reuni com vários lideres de reinos vizinhos, e queriamos libertar aquele povo da tirania de tal governador, que lhes roubava a paz e alegria, então planejamos a invasão, não sem antes, retirar todos os camponeses e colonos da area de combate, pois eles não mereciam sofrer as consequencias dessa guerra.

Alguns foram designados para isso, recolher a maior parte de colonos possíveis e leva-los para os reinos, para sua proteçao, e assim foi feito, mas nem todos quiseram seguir, tinham medo do soberano daquelas terras, e aceitamos isso, não antes informando que deviam se proteger, pois a guerra se aproximada, e provavelmente seria sangrenta.

Alguns dias se passaram , e depois de todos os exercitos organizados, seguimos para a nossa batalha, liderava os homens junto ao general, confiavam em mim, e isso era bom, sentia o gosto e o prazer da batalha novamente, mas teriamos de tomar cuidado, porque certamente o soberano dessas terras já havia descoberto nossos planos, e sabiamos que lhidariamos com seres das trevas, os piores que já podiamos ter enfrentado em toda nossa existencia.

Acampamos próximos as terras, ficamos ali alguns dias, argumentando sobre a melhor invasão, sentia que todos estavam apreensivos, o ar daquele lugar nos deixava assim o cheiro de enxofre, invadia o ar, sinal que demonios estavam prontos para a guerra, e sabiamos disso. Estavamos preparados para isso, e sairiamos vitoriosos.

O cerco foi armado, a minha única ordem era que trouxessem o Barão Rames para o julgamento, todos os outros podiam matar, pois era o que mereciam, mas o soberano daquelas terras teria o direito ao julgamento do conselho, e assim seria feito.

Foram dias de batalhas, tombavam guerreiros de ambos os lados, mas nos mantinhamos firmes em nosso proposito, notava o cansaço dos nobre guerreiros, mas agora era questão de horas, já haviamos chegado ao castelo, e entrei em busca de Alexsander, enquanto meus guerreiros foram atras do soberano dessas terras, mas nada encontrei, logo trouxeram Rames aos meus pés, haviamos vencido, estava tudo acabado finalmente.

Olhei-o com frieza, não parecia o mesmo que eu havia entregue essas terras a tanto tempo atras, sentia o odio em teus olhos, mas nada falei apenas ordenei que o levassem para a prisão e que lá esperasse seu julgamento.

Alguns dias se passaram, os mortos foram enterrados com honras militares e suas famílias amparadas, a paz havia voltado aos reinos, ordenei que derrubassem aquele castelo não haveria mais reino naquele lugar e as terras foram divididas entre as famílias dos guerreiros que desejassem ficar, era o correto a fazer naquele momento, mas ainda tinha uma coisa a resolver, o julgamento do Barão, e seria em breve, já havia convocado a reunião do conselho pra isso, mas particularmente não participaria, por se tratar de um caso pessoal, e eles compreenderam, mas estaria presente é claro, não perderia isso por nada.

Ainda estava preocupada, porque Alexsander não havia sido encontrado, teriamos de ficar alertas, caso tentasse resgatar o prisioneiro, mas não tentou, admito que estava exausta depois de todos os acontecimentos e a mente confusa com sentimentos contraditorios, mas não poderia me abalar em um momento tão importante, teria de estar preparada para o julgamento então me tranquei em meus aposentos tentando acalmar minha alma, era a soberana dessas terras e meus sentimentos não deviam influenciar na decisão do conselho, por isso decidi não opinar. Fui comunicada do inicio do julgamento e segui para o sala de julgamento, em silencio, perdida em meus pensamentos.

Cheguei, cumprimentei a todos, e olhei para Rames, ali parecia um animal acuado, pronto para ser abatido, sentia o odio em teu olhar direcionado a mim, mas me manti firme, o julgamento seguiu conforme a lei determinava e logo veio o veredicto.

“Pelas leis que regem esse mundo e as acusações apresentadas de traição ao reino, o Barão Rames, perderá seu titulo de nobresa, passando a ser a partir de agora apenas um exilado, e devera ser levado para o Vale das Sombras, onde permanecerá por tempo indeterminado, assim foi decidido e assim será feito.”

Senti meu coração gelar, sabia que talvez ele não sobrevivesse muito tempo lá, mas era melhor que a morte, então me levantei e ordenei que a sentença fosse cumprida imediatamente, e assim foi feito.

Finalmente estava tudo acabado e a paz voltaria ao mundo das sombras.

Condessa Drakon
Enviado por Condessa Drakon em 13/04/2017
Código do texto: T5969493
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