Conto - Páginas de uma sedução nunca contada ( Parte II).

Voltei novamente na casa de Paulo, por varias e varias vezes, quando tomei a decisão de ligar para a família dele, a mesma me informou que ele tinha saído do país. A mãe dele não quis entrar em detalhe e pediu para não incomodar mais.

Passaram os anos e tudo parecia tão normal que me assustava, terminei o curso de administração, me formei e em seguida entrei em uma grande corporação. Nunca mais ouvi falar do Paulo e das duas garotas.

Certo dia, em 2012, amanheci ás 7:00 hr como de costume, coloquei meu paletó, arrumei mina gravata azulada, calcei meus sapatos, peguei minha pasta, naquele dia eu preferi ir de metrô ao trabalho, a caminho logo ao sair do metrô percebi que uma velha com cigarro na boca e rugas no rosto me perseguia, atravessei cautelosamente a rua que dava de frente ao meu escritório.

Siga-me! - foi a ordem dada com voz cava. Olhei para trás e aquela velha horripilante não estava, pensei que fosse coisa da minha cabeça. Ao atravessar outro sussurro. - Siga-me. - Olhei para o lado e aquela velha fez sinal para que eu acompanhasse para um beco úmido e mal-iluminado a uma distância de uns dez a doze passos. Fiquei pasmo, e não sei por que, a curiosidade fez com que fosse atrás daquela senhora.

Quando entrei no beco parecia não haver ninguém. O silêncio era sepulcral. Quando virei de costa para retornar ao meu trabalho, uma mão me puxou.

-Puta que pariu, que merda é essa?Onde estou? - Quando dei por mim, eu tinha sido de algum modo levado a um quarto, estava amarrado em uma cadeira. Quando de repente duas mulheres entraram, logo as reconheci, era as duas estranhas do motel de anos atrás.

De repente de algum modo meu cérebro começou a relembrar de tudo.

------Continua-----

Davi Alves
Enviado por Davi Alves em 18/01/2017
Reeditado em 19/01/2017
Código do texto: T5885510
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