O homem que não conhecia ninguém
O LADO REAL DO ABSTRATO, meu primeiro romance, disponível em: http://www.selojovem.com.br/pd-62fc17-o-lado-real-do-abstrato.html?ct=4356e&p=4&s=1
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Um rapaz senta-se em uma das muitas mesas de um bandejão, com o seu almoço.
Alguns o olham chegar (logo disfarçando), como todo instinto social humano.
Todos conversavam ali. Mas ele não se atreve a migrar na conversa, pois não conhecia ninguém. Passa então todo o período mirando apenas sua bandeja, e não sentindo o gosto da comida.
Mas este rapaz, exatamente como o seu comportamento ali, em verdade não conhecia ninguém – e tampouco conversava – em toda a face da Terra. Absolutamente.
Era um mudo artificial. Andando sempre com aquela cara de desgraçado. Sem nunca fazer nada, bem como sem interesse qualquer em saber como seria ter contato com algum outro indivíduo.
Sem vida; oh vida!
Entra num ônibus, certo dia (seria com consciência do que estava fazendo?).
Naturalmente, as pessoas ali, com aquelas caras de enfastiadas, aguardavam quase que impaciente os seus destinos.
Entretanto, o motorista simplesmente resolve mudar radicalmente o trajeto. E, quando os passageiros percebem, estavam em outro Estado, totalmente fora de mão.
E o homem que não conhecia ninguém se interessa pelo motorista. Tornam-se amigos.
Um ano depois, se casam.