A batalha da verdade com as trevas
A verdade, um dia foi encerrada num abismo de conjunturas. E amarrada a tantas linhas frágeis de sofismas, permaneceu um tempo isolada. Até que muitos a buscaram com sofreguidão e tendo sede do saber, lançaram mão dos ensinos do coração.
Então, o tempo, sábio juiz e hábil irmão, cortou as linhas frágeis do engano. Assim, acabou-se, enfim, a Escuridão.
Mas, diz a lenda que de tempos em tempos, saem dos calabouços espíritos das trevosos, que aos outros querem confundir e espargem na terra, dias escuros, tristes e duvidosos.
Porém, como não há bem que dure para sempre, nem mal que per-
dure eternamente, uma fada madrinha, ou um mago misterioso, presenteou ao povo com um poderoso Elixir, que é a mistura do amor à Sabedoria. Tendo, ainda, uma pítada de Alegria com Esperança e crença, resulta na pura Energia de um olhar sempre criança. E todos esses ingredientes juntos destroem os elos das trevas e da maldição.
Por isso, nessas ocasiões, as trevas tornam-se meras brumas e os poderosos raios de sol quando se lançam à elas, clareiam tudo e deixam a paz finalmente Reinar, Bela e resplandecente.
Só que esta lenda ficou aprisionada , também, nos calabouços da
Utopia, que ao léu lança sua história narrada numa voz frouxa, quase inaudível pela distância desse reino distante, envolto ainda, em brumas das fantasias.