Memórias da era do homem que existia
Enquanto as chamas apagam a sua identidade, o registro de seus passos pela terra, seu corpo se desfaz, como mármore derretendo; e minha sensação é de que nunca mais retornará. A morte não é mais a mesma: não é a morte que o leva; a não-existência o chama. Ele não fez nada para impedir seu destino. Sabemos que aquele momento é onde tudo acaba. Tempo e lugar. Não se sabe o que registrou em suas memórias. Pois agora, ali, tudo acabou. O fim de uma era nunca será mais trágica do que o fim de sua existência. Ele: era.