SEXTA-FEIRA

O telefone tocava… Já era noite.

Era uma daquelas gravações de operadora. Estressantes, não? Sim.

Passou-se meio segundo e o telefone voltou ao gancho com um baque forte de alguém ansioso.

A fumaça do cigarro misturava-se ao vapor do chuveiro e escapava pela janelinha circular do banheiro. A sublime silhueta da concubina revelava-se através do vidro do box, envolta pela névoa tóxica, aromatizando o ambiente com o gracioso odor de rosas exalado pelo sabonete.

A fumaça atravessava a fresta da porta e chegava até a sala.

- Onde foram parar? – questionou o homem, exausto e embriagado, já servindo-se de mais uma dose de uísque, na sala, acomodado à frente da lareira. Vestia seu típico roupão pós coito. Vermelho e preto, com o símbolo de ouros cravado no peito. Procurava os cigarro no ato de apalpar os bolsos.

Nada de mais… Só ele era real.

O resto era poesia.

LucasLMR
Enviado por LucasLMR em 06/07/2016
Código do texto: T5689271
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.