Não há inferno maior que esse.
O trabalho nunca termina.
A promoção nunca chega.
Dia após dia fico trabalhando em um guichê apertado, ao lado de pessoas mal humoradas cuja maior dedicação consiste em reclamar da vida e das coisas naturais do existir.
A hora do relógio é uma eternidade que nunca sai das 14h45. O dia é verão e o ar condicionado está quebrado.
Há uma fome constante e uma sede que nunca passa e diante do guichê uma fila interminável.
Seu trabalho nunca é elogiado e o computador trava e quebra e a cada pessoa que recebo encaminhando seus extensos processos.
Olho novamente para o relógio: 14h45.
Um chefe sádico cobra interminavelmente e não há o retorno para casa, nem o fim do expediente.
E corre-se para terminar o inacabável. Por vezes penso em chorar, talvez em rezar, mas nesses momentos alguém me interrompe impedindo de pensar, de sentir, de questionar...
Que o dia um dia termine e que vá para casa descansar... Isso sim seria o paraíso.
Ou não?
O trabalho nunca termina.
A promoção nunca chega.
Dia após dia fico trabalhando em um guichê apertado, ao lado de pessoas mal humoradas cuja maior dedicação consiste em reclamar da vida e das coisas naturais do existir.
A hora do relógio é uma eternidade que nunca sai das 14h45. O dia é verão e o ar condicionado está quebrado.
Há uma fome constante e uma sede que nunca passa e diante do guichê uma fila interminável.
Seu trabalho nunca é elogiado e o computador trava e quebra e a cada pessoa que recebo encaminhando seus extensos processos.
Olho novamente para o relógio: 14h45.
Um chefe sádico cobra interminavelmente e não há o retorno para casa, nem o fim do expediente.
E corre-se para terminar o inacabável. Por vezes penso em chorar, talvez em rezar, mas nesses momentos alguém me interrompe impedindo de pensar, de sentir, de questionar...
Que o dia um dia termine e que vá para casa descansar... Isso sim seria o paraíso.
Ou não?