GALHO SECO

Era uma vez...
Uma pequenina árvore
Tão delicada seus galhos
Sorvia todas as manhãs o orvalho
Umidificava seu cerne de criança
Revigorava-se a pobrezinha em esperanças
Pois que, seus dias estavam contados
O seu futuro atribulações registrados
Os seus dias no amanhã seriam frios
Seus galhos frágeis sentiriam calafrios
Em sua alma, lágrimas incontidas
De um sofrimento jamais escondido
Todos sabiam da situação da pobrezinha
Seus amigos, galhos fortes e destemidos
Sempre a amparavam
Nunca a deixavam só no desespero
Da ventania que chegava sem avisar
Das tempestades que feriam-na sem sangrar
Pobre arvorezinha...
Foram tantas as atribulações
Foram tantas as mutilações...
Seu corpo frágil quase não resistiu
À agressividade aos seus galhos tenros 
Ela quase se perdeu no mar revolto de tormentos
Ficastes somente sua raiz
Deixando sua vida por um triz...
Foi numa tarde chuvosa e tempestiva
Que se viu quebrar-lhe os laços nativa
De sua terra querida sua raiz se desprendeu
Pendendo-a e já quase sem vida ao seu destino
Ela se viu só e despreparada
E então, veio o orvalho revigorante e a arrancou-lhe
O medo diante do mal previsto
E num instante de medo e euforia
Entre viver e se entregar-se à alforria
Ela se fortaleceu e, ao medo o socorreu
O deixou ficar sob os escombros
Emergiu-se a pobre árvore de suas ruínas
Lutou bravamente à favor de sua vida verdejante
Pois que, quis a pequenina ser eterna
Natureza sua casa mãe fraterna
E resistiu por anos a pobre árvore
Restituindo galho a galho o seu destino
E pôde certo dia, ser principal papel de uma história
Rescrevendo sua lição de vida e vitória
Como nesta poesia de quem vos escreve agora
Hoje ela é feliz pois, cresceu com maestria
Hoje ela faz parte de uma doce poesia
És cada dia mais feliz recontando sua história...

03/04/2016
Ilustração: Google
 
 
 
 
Simone Medeiros
Enviado por Simone Medeiros em 03/04/2016
Reeditado em 03/04/2016
Código do texto: T5593530
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