Anfitrite

Vestindo prata ao luar, mostras-te tua saudade esmagadora,

bem me lembro que assim foi, ao inicio de Setembro,

sobre manso sopro, e de Alma crua, minha fiel dominadora.

Escarlate de vida, digo, água Precipitosa,

duma Crisálida rapidamente crescida, nunca esquecida.

Vinde ao pé do murmúrio mar, da beleza que não pude amar,

eia que ao reino do velho mar,

fez-se forte sentimento aos temporais;

Minha alma clama, antiga Condessa do mar,

amor que de ares estrelares,

cujo Anjos tristes vieram a ambos nós invejar.

Foi essa a razão, em conjunto Empecilho a despertar,

como sabem todos que vivem ao fundo do mar,

que em minha Aurora Espectral o mistério ainda envolve-se,

dos pés ao Véu Temporal, fez-se Demônio em meu Vitral.

Do mesmo vinho Sorvi, medonho sentimento desperto,

com o corpo em Utelino e alma fraca,

Sorvi o sangue dos imortais,

de mente aberta aos olhos ocultos,

viajante e aventureiro aos teus sonhos Infernais.

Vinde aos espaços dos meus Umbrais,

ouse explorar essas fraquezas fatais,

se exploras e aqui estás,

sua mente nua me devora,

fazendo-me um dos seus amores mortais.

William Cleize
Enviado por William Cleize em 26/02/2016
Reeditado em 26/02/2016
Código do texto: T5555631
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