Morgana
Foi-se uma vez em uma madrugada qualquer,
memórias, viagens, fragmentos de uma mulher.
Fez-se nu a nossa chama, que outrora brilhava,
e em minha triste mente sais, queimava.
Voltei-me contra o reflexo espectral,
quando minha alma fez-se forte,
em meus olhos olhei, te deslumbrei, viajei;
Como te chamas? Perguntei.
Há tanto de mim em você quanto um dia desejei, pensei.
Longe dos Demônios e seus males,
hoje em cinzas ósseas irregulares.
Quando Umbra e Solar em mim se manifestou,
eia que fria procuravas calor.
Como se em toda minha Alma resumisse,
sentia-me fraco aos laços Infernais,
entidade era, aquela que seduzia-me aos Umbrais.
Pernicurta aos dizeres, afugentada Alma fez-se rígida;
A tristeza e solidão ainda é, algo intrínseco em tua vida?
A força em temporal teu nome possui,
cessa-me e afugenta-me,
oculta faz-se como Amazona valente,
dominadora Adjacente.
Naquela noite sobre meu coração,
de asa mansa faz-se como ninho quente,
sorrateira veio, de amor divergente.
Em alma eis-me, ao corpo nu que tragas,
de mãos leves aos corações que afagas.
Adentra-te em meu retiro pessoal,
deselegante e infernal;
Aprofunda-te através dos sonhos na noite espectral,
em teus olhos conjure a chama,
Senhora das guerras,
Guerreira Morgana.