Morgana

Foi-se uma vez em uma madrugada qualquer,

memórias, viagens, fragmentos de uma mulher.

Fez-se nu a nossa chama, que outrora brilhava,

e em minha triste mente sais, queimava.

Voltei-me contra o reflexo espectral,

quando minha alma fez-se forte,

em meus olhos olhei, te deslumbrei, viajei;

Como te chamas? Perguntei.

Há tanto de mim em você quanto um dia desejei, pensei.

Longe dos Demônios e seus males,

hoje em cinzas ósseas irregulares.

Quando Umbra e Solar em mim se manifestou,

eia que fria procuravas calor.

Como se em toda minha Alma resumisse,

sentia-me fraco aos laços Infernais,

entidade era, aquela que seduzia-me aos Umbrais.

Pernicurta aos dizeres, afugentada Alma fez-se rígida;

A tristeza e solidão ainda é, algo intrínseco em tua vida?

A força em temporal teu nome possui,

cessa-me e afugenta-me,

oculta faz-se como Amazona valente,

dominadora Adjacente.

Naquela noite sobre meu coração,

de asa mansa faz-se como ninho quente,

sorrateira veio, de amor divergente.

Em alma eis-me, ao corpo nu que tragas,

de mãos leves aos corações que afagas.

Adentra-te em meu retiro pessoal,

deselegante e infernal;

Aprofunda-te através dos sonhos na noite espectral,

em teus olhos conjure a chama,

Senhora das guerras,

Guerreira Morgana.

William Cleize
Enviado por William Cleize em 24/02/2016
Reeditado em 25/02/2016
Código do texto: T5553291
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