MARIONETE DO AMOR
“ela deslizou seu cigarro aceso á brasa sob minha pele , ficaram cicatrizes envôltas meu coração , ela atravessou suas garras em minha pele , me deixou aos cacos numa noite tempestuosa , daquelas tristes em que você olha pela janela e se priva da inoçencia de correr pro quarto de seus pais , eu era um jovem rapaz quando ela me depredou , quebrou as vidraças do meu vigor , sugou cada particula do meu ser . eu queria correr em direção contraria , mas ela me privou dos meus sentidos motores , eu queria enlouquecer mas ela me privou da minha mente , meus movimentos avulsos controlados por linhas e dedos de esmalte vermelho , me escondi sob suas azas deus me deu a carne mas me privou o sangue . ela me derramou o sangue , mas me privou da carne . o amor é uma mentira verdadeira . era tudo que diziam os poetas e mais avassalador que diziam os filmes americanos .”
— leandro egidio