A CADEIRA ELÉTRICA DOS SONHOS
Estava eu sentado na cadeira, já era tarde, a lua já havia surgido grávida no céu. ali sentado adormeci, tive um misto de sonho e visão, que me deixou incomodado. Sonhei que não existia amanhã e foi nesta hora que este mau sonho veio alguém vestido com uma armadura de prata tocou me a cabeça com o frio metal. As portas e as janelas deste sonho se abriram. Apesar de estarem abertas parecia tudo escuro. Segui a sem atenção e sem nexo com os olhos em chama. A pessoa que com quem estava ficou entre meu corpo e m”alma. No quarto vazio olhei ao lado, as paredes estavam pintadas de artes psicodélicas. A impossibilitado de acordar assustou-me. Senti a presença de um cão com duas cabeças que estava escondido atrás do fogão de lenha sorrindo com dentes de bronze para mim.Perdido como um marinheiro nas ondas do mar em fúria gritei por socorro, mas a voz não saia. um grande gorila me olhava de cima de uma cameleira batendo em seu peito e preso a sua mão direita uma menina que gritava por mim e eu a conhecia era filha do porteiro de meu prédio. Através da janela ouvi uma estranha figura gritando palavras obscenas contra o vento que esbofeteou-lhe a cara fazendo sangrar verde. Não pode fazer qualquer coisa, pois estava preso por correntes na cadeira, Não pude virar para os lados, pois uma coleira prendia me o pescoço. Como levantar-me desta cadeira deixando o sonhos e a visão me dominar? Que pesadelo!. Eu não sei se morri, os personagens que ali estavam riam de minha tortura. Tive a impressão que em um barco de madeira estilo vikings vinha em minha direção o barqueiro louro tocava um sino anunciando minha partida e com um tapa olho um velho de transas longas me fitava com um sorriso. "Os barcos são transportes das almas",pensei; Temi por minha alma, temi pelos meus pecados temi por meu futuro nas trevas, mas o barco deu uma grande vira a bombordo quando chegava perante mim. Que alivio, o barqueiro do convés seguiu praguejando-me. E com isto pude ver que o sentido da vida tem formas dos sonhos dentro da existência do real e de repente as correntes que prendiam-me caíram e deixando me livre, livre para acordar das amarras da minha consciência de homem que se julgava poderoso sobre tudo e todos. Levantei-me e cai em profundo pranto.