A Cadeira
Solitária via o céu
Via amanhecer, via anoitecer
Via chover, relampear
Mas também via se acalmar.
Quem a vê só vê apenas uma cadeira
Mas ela já viu o mundo morrer e renascer
Viu plantas crescerem
Viu que o mundo real
É só até onde você pode ver
E como do seu muro nada via
O mundo para ela era paredes, céu e plantas
Fez dali o seu mundinho real, porém cansada
Procurou um mundo diferente, que fugia da realidade
Mundo onde tudo ela podia, até se transformar em gente
Realizou o sonho de andar,e no seu muro correr
Era um mundo tão delicioso, porém que durava pouco
Até que logo pensou:
"Será que o mundo que me dizem ser real é um aprisionamento que me tira do verdadeiro eu ao que chamam imaginação? Porquê lá eu posso tudo, e aqui não posso nada. "
Eu prefiro meu real, ao real de todo mundo !