Eu sou ela
Ela já não sente razão em nada, seu coração está despedaçado em centenas de cacos, jogado ao chão como um objeto qualquer esquecido em um canto do quarto. Sentada em sua cama ela deixa as lágrimas escorrerem ao chão.
Seu choro está abafado e sombrio caindo ao seu colchão e escorrendo para o chão... A dor está visível em seus olhos cheios de vermelhidão, já não é possível fechar as janelas da tua alma, escancaradamente se percebe o desespero e o medo em seus olhos.
Ela se levanta da cama lentamente e vai de encontro a sua caixa de escape, apoiando vagarosamente a cabeça na parede, começa lhe bater o desespero ao segurar sua caixinha.
As lagrimas sem cessar não param de deixar rastros pelo seu quarto escuro e vazio.
Deslizando suas costas pela parede ela cai sentada ao chão, abre sua caixa e segura firmemente seu objeto de escape.
A raiva toma de conta da sua mente, um ódio misturado com rancor e solidão deixa um grito preso na garganta, a sua dor é tamanha e já não seria possível expulsa-la com um grito.
Lentamente vai riscando seus
Pulsos com a força do seu ódio e com a profundidade da sua tristeza.
Começam escorrer do braço as mesmas lágrimas que se escorrem da alma, da cor dos seus olhos.
Está chegando a calmaria, no mesmo ritmo que o liquido cai ao chão, escorrendo para de baixo das pernas dela.
Ao menos agora ela poderá dormir aliviada de suas dores mais profundas.