TITI E SEUS BURRICOS
FOI EM UM LUGAR EM
NOSSO SERTÃO RURAL.
BEM NO CORAÇÃO DE NOSSA
MINAS GERAIS!
LA NO ALTO DE UMA SERRA.
EM PLENO CORGO DO LAGE!
EXISTIA UMA FAZENDA,
COM UM CASARÃO ANTIGO.
DE TELHAS CUMBU CADAS,
E ASSOALHO DE MADEIRA.
NO QUINTAL UM GRANDE PÉ DE COTIEIRA.
UMA ARVORE CENTENÁRIA,
DO LADO DE TRAZ DO CASARÃO.
UM PEQUENO LAGO!
ONDE UM GERADOR ERA LIGADO.
FOI AI QUE NAQUELE TEMPO,
TIVE O PRIMEIRO CONTATO,
COM UMA UNICA LÂMPADA.
PORQUE ANTES, A LUZ SÓ ERA
POSSÍVEL ATRA VEZ DE UMA
LAMPARINA COM PAVIO
EMUDECIDO EM QUERO ZENE.
ELE PEGAVA FOGO
E CLAREAVA TODA A ESTRE MIDADE
DA CASA.
EU BRINCAVA NO MEU
PRIMEIRO BALANÇO,
FEITO DE CORDA E CIPO.
QUE MEU AVÔ
AMARROU NOS GALHOS
DE UM VELHO PÉ DE GOIABEIRA.
ERA A MINHA UNICA DIVERSÃO.
DE LA, EU AVISTAVA O
ANTIGO MOINHO SOBRE O RIACHO.
QUE CORTAVA A FAZENDA!
EU VIA TAMBÉM, O VELHO
SENHOR NECO.
ELE ERA O MOÇO QUE
LEVAVA O MILHO PARA MOER,
NO VELHO MOINHO.
NO MEIO DA PEQUENA LAVOURA.
DE CAFÉ, E DE PLANTAÇÕES
DE FEIJÃO E MILHO.
TINHA UMA CASINHA BRANCA.
FEITA DE CIPO E BAMBU.
FECHADA COM BARRO BRANCO.
E TELHAS DE BARRO MARROM SADAS.
LA MORAVA O VELHO ESMERALDINO,
E SUA COMPANHEIRA,
CUMADE MARIA.
NO QUARTINHO BEM NO
CANTO DA CASA.
DORMIA O VELHO GERALDO.
TODOS O CHAMAVA DE TITI.
TITI TINHA SEIS PEQUENOS BURRICOS,
ELES TINHAM AS CAUDAS AMARRADAS.
E ERAM BONS DE SERVIÇO.
O VELHO TITI GOSTAVA DE
TOMAR UMA PINGUINHA.
O TIRA GOSTO ERA PEDAÇOS,
SALAME E LINGUIÇA RESSECADA.
NO FOGÃO A LENHA.
TITI TINHA OS CABELOS BRANCOS,
COMPRIDOS E AMARRADOS COM,
IMBIRAS DE BANANEIRAS.
SUAS BARBAS ERAM BRANCAS,
E COMPRIDAS!
EM SUA CABEÇA UM VELHO
CHAPÉU DE PALHA DESFIADO.
ELE ADORAVA SORRIR!
PITAVA SEMPRE UM CIGARRO,
DE PALHA.
ERA DE POUCAS PALAVRAS!
E NÃO ARA MUITO DE PROSEAR.
SUA VIDA SE RESUMIA,
EM PREPARAR SEUS BURRICOS
PARA A LIDA.
TODOS OS DIAS LEVANTAVA,
PELA MANHÃ.
CARREGAVA TRÊS DE SEUS BURRICOS.
COM CARGUEIROS DE LENHAS.
E OS OUTROS TRÊS ELE CARREGAVA,
COM DOIS LATÕES DE LEITE.
MAS DESTES SEIS BURRICOS,
UM, ERA ESPECIAL!
UM BURRICO QUE CHAMAVA BAÍN.
COM UMA VOZ FORTE TITI,
FALAVA,"PASSA PRA FRENTE BAÍN.
PARECIA QUE BAÍN ERA O GUIA,
DOS BURRICOS!
NÃO SE OUVIA NENHUM
SOM DE CHICOTES.
MAS APENAS A VOZ DE TITI,
QUE FALAVA, "PASSA PRA FRENTE BAIN.
E ASSIM ERA A LABUTA DE TITI.
SUBINDO E DESCENDO A SERRA.
LEVANDO LENHA,E LEVANDO LEITE!
AO ANOITECER EU CORRIA ATÉ A
JANELA.
E OBSERVAVA O BURRICO BAIN.
CORTANDO A ESTRADA DA FAZENDA.
TRAZENDO TITI EMBRIAGADO,
SOBRE A SUA CAM GANHA.
BAIN CONDUZIA SOZINHO.
OS OUTROS BURRICOS,
PORQUE O SEU DONO,
ESTAVA DEBILITADO!!!
EU PENSAVA???
COMO BAIN CHEGAVA EM CASA?
TRAZENDO TITI NO MEIO DOS
LATÕES VAZIOS E CONDUZINDO,
EM FILHEIRAS OS OUTROS BURRICOS.
O VELHO ESMERALDINO,
SAI DE DENTRO DE CASA.
VAI EM DIREÇÃO A BAIN,
CARREGA O VELHO TITI.
LEVA ATÉ O QUARTO,
E O DEITA SOBRE UMA ESTEIRA
DE TABOA.
ALI TITI SÓ ACORDA NO OUTRO DIA.
LEVANTA CEDO,PREPARA O SEUS BURRICOS.
E FAZ O MESMO TRAJETO!
ASSIM ERA A VIDA DE TITI.
COM SEU FIEL AMIGO BAIN,
QUE FOI FIEL ATÉ O FIM.
TITI FALECEU!!
MAS SEU POBRE BURRICO BAIN.
MORREU DE VELHO!!!
DEPOIS DE SEU DONO.
FOI EM UM LUGAR EM
NOSSO SERTÃO RURAL.
BEM NO CORAÇÃO DE NOSSA
MINAS GERAIS!
LA NO ALTO DE UMA SERRA.
EM PLENO CORGO DO LAGE!
EXISTIA UMA FAZENDA,
COM UM CASARÃO ANTIGO.
DE TELHAS CUMBU CADAS,
E ASSOALHO DE MADEIRA.
NO QUINTAL UM GRANDE PÉ DE COTIEIRA.
UMA ARVORE CENTENÁRIA,
DO LADO DE TRAZ DO CASARÃO.
UM PEQUENO LAGO!
ONDE UM GERADOR ERA LIGADO.
FOI AI QUE NAQUELE TEMPO,
TIVE O PRIMEIRO CONTATO,
COM UMA UNICA LÂMPADA.
PORQUE ANTES, A LUZ SÓ ERA
POSSÍVEL ATRA VEZ DE UMA
LAMPARINA COM PAVIO
EMUDECIDO EM QUERO ZENE.
ELE PEGAVA FOGO
E CLAREAVA TODA A ESTRE MIDADE
DA CASA.
EU BRINCAVA NO MEU
PRIMEIRO BALANÇO,
FEITO DE CORDA E CIPO.
QUE MEU AVÔ
AMARROU NOS GALHOS
DE UM VELHO PÉ DE GOIABEIRA.
ERA A MINHA UNICA DIVERSÃO.
DE LA, EU AVISTAVA O
ANTIGO MOINHO SOBRE O RIACHO.
QUE CORTAVA A FAZENDA!
EU VIA TAMBÉM, O VELHO
SENHOR NECO.
ELE ERA O MOÇO QUE
LEVAVA O MILHO PARA MOER,
NO VELHO MOINHO.
NO MEIO DA PEQUENA LAVOURA.
DE CAFÉ, E DE PLANTAÇÕES
DE FEIJÃO E MILHO.
TINHA UMA CASINHA BRANCA.
FEITA DE CIPO E BAMBU.
FECHADA COM BARRO BRANCO.
E TELHAS DE BARRO MARROM SADAS.
LA MORAVA O VELHO ESMERALDINO,
E SUA COMPANHEIRA,
CUMADE MARIA.
NO QUARTINHO BEM NO
CANTO DA CASA.
DORMIA O VELHO GERALDO.
TODOS O CHAMAVA DE TITI.
TITI TINHA SEIS PEQUENOS BURRICOS,
ELES TINHAM AS CAUDAS AMARRADAS.
E ERAM BONS DE SERVIÇO.
O VELHO TITI GOSTAVA DE
TOMAR UMA PINGUINHA.
O TIRA GOSTO ERA PEDAÇOS,
SALAME E LINGUIÇA RESSECADA.
NO FOGÃO A LENHA.
TITI TINHA OS CABELOS BRANCOS,
COMPRIDOS E AMARRADOS COM,
IMBIRAS DE BANANEIRAS.
SUAS BARBAS ERAM BRANCAS,
E COMPRIDAS!
EM SUA CABEÇA UM VELHO
CHAPÉU DE PALHA DESFIADO.
ELE ADORAVA SORRIR!
PITAVA SEMPRE UM CIGARRO,
DE PALHA.
ERA DE POUCAS PALAVRAS!
E NÃO ARA MUITO DE PROSEAR.
SUA VIDA SE RESUMIA,
EM PREPARAR SEUS BURRICOS
PARA A LIDA.
TODOS OS DIAS LEVANTAVA,
PELA MANHÃ.
CARREGAVA TRÊS DE SEUS BURRICOS.
COM CARGUEIROS DE LENHAS.
E OS OUTROS TRÊS ELE CARREGAVA,
COM DOIS LATÕES DE LEITE.
MAS DESTES SEIS BURRICOS,
UM, ERA ESPECIAL!
UM BURRICO QUE CHAMAVA BAÍN.
COM UMA VOZ FORTE TITI,
FALAVA,"PASSA PRA FRENTE BAÍN.
PARECIA QUE BAÍN ERA O GUIA,
DOS BURRICOS!
NÃO SE OUVIA NENHUM
SOM DE CHICOTES.
MAS APENAS A VOZ DE TITI,
QUE FALAVA, "PASSA PRA FRENTE BAIN.
E ASSIM ERA A LABUTA DE TITI.
SUBINDO E DESCENDO A SERRA.
LEVANDO LENHA,E LEVANDO LEITE!
AO ANOITECER EU CORRIA ATÉ A
JANELA.
E OBSERVAVA O BURRICO BAIN.
CORTANDO A ESTRADA DA FAZENDA.
TRAZENDO TITI EMBRIAGADO,
SOBRE A SUA CAM GANHA.
BAIN CONDUZIA SOZINHO.
OS OUTROS BURRICOS,
PORQUE O SEU DONO,
ESTAVA DEBILITADO!!!
EU PENSAVA???
COMO BAIN CHEGAVA EM CASA?
TRAZENDO TITI NO MEIO DOS
LATÕES VAZIOS E CONDUZINDO,
EM FILHEIRAS OS OUTROS BURRICOS.
O VELHO ESMERALDINO,
SAI DE DENTRO DE CASA.
VAI EM DIREÇÃO A BAIN,
CARREGA O VELHO TITI.
LEVA ATÉ O QUARTO,
E O DEITA SOBRE UMA ESTEIRA
DE TABOA.
ALI TITI SÓ ACORDA NO OUTRO DIA.
LEVANTA CEDO,PREPARA O SEUS BURRICOS.
E FAZ O MESMO TRAJETO!
ASSIM ERA A VIDA DE TITI.
COM SEU FIEL AMIGO BAIN,
QUE FOI FIEL ATÉ O FIM.
TITI FALECEU!!
MAS SEU POBRE BURRICO BAIN.
MORREU DE VELHO!!!
DEPOIS DE SEU DONO.