Um conto de Natal
“Há 2014 anos vagavam em busca de abrigo uma mulher grávida prestes a parir e um pobre marceneiro. Tendo-lhes sido negado abrigo por diversas partes, abrigaram-se em um estábulo, em meio aos animais. Ali mesmo a moça, Maria, deu à luz seu filho. Era a criança que pagaria os pecados do mundo e por isso uma estrela guiou três reis magos até o local de seu nascimento. Ao chegarem lá, carregando seus presentes ao menino Jesus, surpreenderam-se ao verificar a enorme quantidade de fumaça desprendida por uma fogueira. Ai se aproximarem, verificaram que alguns dos animais do pequeno estábulo estavam mortos, alguns já estavam sendo assados em uma fogueira, outros jaziam a um canto, destrinchados. Um pequeno cordeiro balia tristemente – havia escapado à chacina, pois ainda não tinha carne suficiente. Maria, apesar de ter dado à luz há poucas horas, ignorava o balido aflito do pobre cordeiro e concentrava-se em comer um grande pedaço de carne ainda mal passada. José cuidava dos pedaços que estavam na fogueira para que não se queimassem. Ofereceram aos reis magos pedaços generosos de carne e assim banquetearam-se por toda aquela noite (que deveria ser) feliz”.
Achou algo estranho na história? Pois é... Até onde nos consta, Maria e José não promoveram uma chacina entre os animais do estábulo onde conseguiram abrigo, não é mesmo? Então, porque insistimos, ano após ano, em comemorar o Natal com a morte de animais inocentes? Já parou para pensar na grande contradição que é comemorarmos um nascimento através da morte? Quantos seres perdem a vida para a mera satisfação de um capricho de uma sociedade egoísta e hipócrita? Aproveite sim o final de ano, o espírito natalino. Reúna familiares ao redor de uma mesa farta. Troque presentes, e acima de tudo, troque carinhos, abraços e sorrisos e, lembre-se: neste Natal, não coma o presépio! Há varias e deliciosas opções veganas e vegetarianas para deleitar seus olhos e seu paladar.