A lenda do ouro
Era meio dia e o sol brilhava na pacata cidade de Ibiajara, mesmo com o sol, resolvi sentar em um banco na pracinha em frente á igreja, e fiquei ali a contemplar aquela obra antiga, que se conservava mesmo com os sinais do tempo.
Suas portas eram grandes, pintadas de verde, davam um ar de alegria á paisagem, mas elas estavam abertas, a espera de fieis que fossem pedir o auxilio da ilustre padroeira: Santa Maria do Ouro.
Quando, de repente, vi surgir uma figura lá de dentro, era uma mulher, já de idade, que se vestia tal como as habitantes do lugar, usando um véu na cabeça, em forma de respeito ao lugar, mas o que mais me chamou a atenção á medida que ela se aproximava, era a sua semelhança com minha mãe, apesar de aparentar mais idade que ela, quem seria? Eu não lembro de tê-la conhecido.
_ Oi, filha_ Disse a senhora ao se aproximar de mim.
_ Quem é a senhora?
_ Sou eu, Maria, sua avó.
_ Mas como pode ser a senhora, se já partiu há anos.
_ Eu só voltei pra te dar uma coisa...
Ao proferir essas palavras, a mulher que dizia minha avó, estendeu suas mãos, e nelas, tinha um baú de madeira, desgastado pelo tempo.
_ O que é isso?_ Perguntei desconfiada.
_ Abre, é seu.
Abri a caixa ainda assustada, nela continha algumas joias, mas uma delas me chamou a atenção, uma corrente de ouro, nela continha um pingente de cristal cravejado de fios de ouro por dentro.
_ De hoje em diante essas joias são suas.
_ Mas por quê?
_ Eu a escolhi para recebê-las.
Antes que eu pudesse dizer alguma palavra, minha avó tinha virado as costas e sumido na porta da igreja.