O Vale dos Ventos
Dançávamos ao luar, era uma planície vasta, erma, lugar onde cavalos varriam o chão a trotes, éguas no cio se ofereciam a garanhões em trotes alados.
O vento forte, as suas crinas, seu pelo, balançavam, assim nós estávamos nessa planície embalados ao vento. A nossa música era o som da natureza, o sol ameno aconchegante agradável, cheiro de flores silvestres... e sentimos então que nossos pés começaram a elevar-se do solo.
Cavalgamos o vento das escondidas imemoriais lembranças.
Éramos amantes.
... e mal tínhamos começado, os olhares nos olharam junto com uma força de desejos reprimidos e fomos lançados a um tempo espaço longínquo, caímos... em profundezas... Lembro o nosso primeiro encontro nessa zona infernal. Descemos, deveras, aos ínferos. Ventos de todas as partes, nos elevavam, nossos corpos roçagando um ao outro éramos arremessados em rochedos.
Éramos atirados e jamais nós nos encontrávamos sem que fosse um choque de corpos. Malditos amantes apareciam e eram atirados contra si mesmos e em rochedos em um espaço infinito. Lugar sombrio em que o único sossego era espatifar-se contra um rochedo.
Um belo dia, descobrimos que entre choques e outros choques, uma força principiara. Cada vez que nos tocávamos, uma luz. As eras deixaram de existir, mas acho que, após muito tempo, percebemos que essa força que ia surgindo entre nós tinha o poder de nos tirar desse lugar.
A luz foi crescendo através dos choques, adquirimos a forma de supernova. ... e essa força consumiu o lugar por sua luz...
Enfim, livres e a sós... nós, a planície infinita e os cavalos que trotavam os ventos. Aprendemos a cavalgar o vento e, enfim, absorver a vida livre selvagem.
* Mais uma brincadeira na escola, aula de produção de texto, produzir em 20 minutos é tarefa complicada.
Em todo caso, gostei dessa ideia e vou desenvolver esse conto.
isso daí é uma referência ao ciclo do Inferno onde é atirado os luxuriosos .... deve haver uma maneira de sair do inferno ... talvez eu a descubra.
:)