Zoto no Pé de Pau.
Por Carlos Sena
Adoro Zoto. Outro dia me encontrei com ele em cima dum "Pé de Pau". Eu embaixo e ele em cima, claro. Porque Zoto é um caba assim meio que universal dentro das nossas paragens nordestinas. Olhei pra Zoto e perguntei: que peste tu tais fazendo aí em cima, Zoto? Tô tirando um deforete, respondeu. Que febe tife é isso home de Deus? E, lá de cima do pé de pau ele me disse que deforete era uma fuga. Algo como um descanso depois do almoço, ou uma pausa para relaxar. Finalmente ele desce e ficamos conversando "miolo de pote". Mas, Zoto foi logo me chamando para tomar uma. Uma o quê, rapaz, perguntei. Ora, uma cana, uma "meiota, um quartinho". Porque Zoto é um caba meio desconfiado e sonso que funciona melhor depois de uma dose de "Zinebra" (ainda tem essa cana?).
Conversa vai conversa vem e eis que ZOTO me disse o verdadeiro sentido que o teria levado a subido no pé de pau. É que ele gostava de ver uma mocinha que tomava banho no rio toda pelada. De lá de cima da árvore ele via tudo e se deliciava fazendo "justiça com suas próprias mãos". Tu tais doido home de deus, queres ser preso porra! Que nada, disse ele. Ela já me viu outro dia e acho que até gosta. Teve um dia que eu fiquei noutro local e ela, pensando que eu não estava no local de sempre, desistiu do banho. Ome de Deus, tu vai acabar te lascando com essa doideira, retruquei. No meio da nossa conversa debaixo do pé de pau, eis que chega uma negra reboculosa, com um pedaço de trave na mão e partiu pra cima dele: "Seu safado, você pensa que eu não sei o que você vem fazer aqui todo dia"? E meteu o cacete no coitado do Zoto. Ele, pobrezinho, pegou o beco e sumiu como um raio de cilibrina ladeira acima. A mulher, irada, me olhou de revestrés e disse " e você também, seu safado, tá dividindo com meu marido a safadeza"? E continuou: a moça que ele fica olhando lá de cima e se masturbando, nem mulher é. É um travesti que veio do Rio de Janeiro passar férias na casa de parentes e se passando por MULÉ. Deixei a mulher falando só e "peguei o beco". Escafedi-me no primeiro beco que encontrei e me prometi nunca mais entrar nas conversas de Zoto.
Por Carlos Sena
Adoro Zoto. Outro dia me encontrei com ele em cima dum "Pé de Pau". Eu embaixo e ele em cima, claro. Porque Zoto é um caba assim meio que universal dentro das nossas paragens nordestinas. Olhei pra Zoto e perguntei: que peste tu tais fazendo aí em cima, Zoto? Tô tirando um deforete, respondeu. Que febe tife é isso home de Deus? E, lá de cima do pé de pau ele me disse que deforete era uma fuga. Algo como um descanso depois do almoço, ou uma pausa para relaxar. Finalmente ele desce e ficamos conversando "miolo de pote". Mas, Zoto foi logo me chamando para tomar uma. Uma o quê, rapaz, perguntei. Ora, uma cana, uma "meiota, um quartinho". Porque Zoto é um caba meio desconfiado e sonso que funciona melhor depois de uma dose de "Zinebra" (ainda tem essa cana?).
Conversa vai conversa vem e eis que ZOTO me disse o verdadeiro sentido que o teria levado a subido no pé de pau. É que ele gostava de ver uma mocinha que tomava banho no rio toda pelada. De lá de cima da árvore ele via tudo e se deliciava fazendo "justiça com suas próprias mãos". Tu tais doido home de deus, queres ser preso porra! Que nada, disse ele. Ela já me viu outro dia e acho que até gosta. Teve um dia que eu fiquei noutro local e ela, pensando que eu não estava no local de sempre, desistiu do banho. Ome de Deus, tu vai acabar te lascando com essa doideira, retruquei. No meio da nossa conversa debaixo do pé de pau, eis que chega uma negra reboculosa, com um pedaço de trave na mão e partiu pra cima dele: "Seu safado, você pensa que eu não sei o que você vem fazer aqui todo dia"? E meteu o cacete no coitado do Zoto. Ele, pobrezinho, pegou o beco e sumiu como um raio de cilibrina ladeira acima. A mulher, irada, me olhou de revestrés e disse " e você também, seu safado, tá dividindo com meu marido a safadeza"? E continuou: a moça que ele fica olhando lá de cima e se masturbando, nem mulher é. É um travesti que veio do Rio de Janeiro passar férias na casa de parentes e se passando por MULÉ. Deixei a mulher falando só e "peguei o beco". Escafedi-me no primeiro beco que encontrei e me prometi nunca mais entrar nas conversas de Zoto.