SONHO

Fui degredada de uma cidadela muy pequeña, em uma floresta. Era um lugar delicado e belo, construído de forma protetoral e concêntrica, com passeios em redor dos prédios e muitas plantas. O ânimo, da minha família e meu, era excelente. Determinavam-me sair dali imediatamente, sob pena de punição (da qual não me lembro bem).

Minha família ( pai, mãe, uma criança de colo e um irmão), me conduziu a um porto malcheiroso e movimentado donde me indicou um barco ( que tinha uma também muy pequeña tripulação), no qual eu devia seguir viagem e em seguida foi-se para adiante, distanciando-se da cidadela e de mim. Não me foi permitido seguir dentro deste barco. Porém, iria sob sua guarda. Embarcava numa canoa e descia um rio, sempre seguida pela luz o barco. No início, ainda no grande porto, vi outras embarcações, algumas muy avariadas, seguirem caminhos diversos e contrários ao meu, algumas chegando a partir em grandes velocidades. Segui, sozinha e confiante que em algum momento seria parada e levada à bordo.

Vi coisas, algumas das quais não recordo, como um grande jacaré ( de bocarra escancarada e prestes a atacar alguma coisa ou alguém, na escuridão), mas não tinha medo, até que cheguei a uma corredeira. E a correnteza, muito rápida, me fazia ganhar muita distância e velocidade, em relação ao barco. Eu ainda conseguia ouvir a voz do capitão do barco dizendo que ali era muito perigoso, mas não tinha volta. Caí numa queda d’água e quando ressurgi já era dia.

Num lugar lindo eu emergi. Havia outras duas canoas e duas mulheres ( uma mais velha e uma mais jovem) com aspecto indígena, se banhavam e se adornavam, no rio, aos pés de uma samaúma milenar. Como eram belas! Eu fui até elas, toquei num dos galhos mais delicados da árvore (como que a pedir bênçãos) e segui. Detive-me em um vilarejo à beira-d’agua para perguntar quanto tempo levaria para chegar, por terra, a minha terra natal. Recebi como resposta que em 21 horas chegaria, por terra, lá. Mas quis continuar de canoa, não sei por quê.

Mah Mendonça
Enviado por Mah Mendonça em 07/07/2014
Reeditado em 07/07/2014
Código do texto: T4873039
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