CARTAS ROSAS

Nas cartas rosas que escrevi nenhum lugar. Caminhei ereto, eu ereto ia quase cego ao encontro de um Germe. Meus cactos verdes que naqueles braços enfraquecidos estava a flor da pele, meus ossos e veias que sobre um caixão rezava por quem não se fazia mais que dormir e dormir. O pó que gerava ópio, um manto de retalhos sobre esse corpo nu em frangalhos, Humilis di corpus getilis. Se não pensava quanto mais se falava, gemia o cruel. “Não tinha pudor de gritar, vivia no purgatório dos meus gemidos; então urrava;” Quem quer tem pudor de enlouquecer?" Talvez vivia no oratório daquelas palavras e fazia me esfolar, se gritava pedindo uma flor no fundo daquele abismo eu á buscaria com a força louca do meu eu. Ninguém compreendia aquele olhar e ninguém me tocava. Se os trapos que cobriam o corpo e a pele rasgada e o apelo que estampava na cara. Para todos era apenas uma mascara. Quem me acordaria? Eu dormia junto daquela cadelinha de pelo felpudo marrom sob a marquise! pensava. Eis ai o fogo de um corpo que dançava a opera da morte. Acordava cantando, dormia ouvindo aquela águia que me espreitava do alto do edifício Acaiaca. Meu grito penetrava as costas do índio, esculpido de pedra sabão. Das janelas abertas dos apartamentos me fitavam por trás das cortinas crena os famigerados urubus. De novo o grito da águia perfurava nossos tímpanos,(meu e da cadelinha marrom). Meus dedos paralisados de apontar para a antena da Cemig. Nossos olhos sondavam o vazio do céu. Sentíamos fome e já não podíamos mais seguir. minhas mãos tocavam o frio da morte. Ouvi um grito... As paredes da boate fechada me olhava, e na veia um corte não sabia se de navalha ou gilete, apenas o sangrar em meus pulsos, e o resto da alma estava ali parada. As paredes nem ligavam estavam pintadas de vermelho o líquido escarlate descia a rua vazia de gente inundando a grade do esgoto da esquina. Eis ai metamorfose de um espantalho foi o que sobrou de marrom e eu o homem Kafka.

O moinho de vento é um moleque que vive á bailar no meu coração que é seu lugar, creio. Desejei Dulce, o moinho, o vento, o