A ponte da distração

Hipocrisia perfurando almas que acalentam por repouso, que devastam por angustia, quando o que ainda a sobram, são mascaras facetando falsos sorrisos.

É essa dor repentina que trouxe o devaneio desejável,

contemplável utopia das doses existenciais de todos os eu"s"

- o que espera de minha próxima mascara? - Necessária para tampar buracos cavados pela indiscreta distração?!

-Não! Essa a impedira de retornar ao cordel encantado!

As flores irão falecer pela falta de água, as paixões contempladas em seu instinto irão lhe dizer adeus por terem sido guardadas, escondidas atrás de tantas faces!

A utópica distração sempre fora a ponte para o cordel, jamais a mascares, caso contrario será apenas mais uma peça no imenso sistema.

- Viverás para o sistema ou para a distração?

Ela arregalou os olhos, enquanto engolia a saliva seca da boca.

Sem dizer nenhuma palavra, ela simplesmente retirou todas às mascaras existentes, e somente contemplou o que sempre fora o seu único eu.

- Apressada ela correu em silencio rumo à ponte da distração...

Eu escrevi esse pensamento depois de conviver em um ambiente de trabalho, e ter percebido como as pessoas estão tão acostumadas a usarem mascaras para conviver. Eu confesso que tentei ser como elas, mas realmente se eu fosse, nunca conseguiria voltar ao cordel encantado. Esse é o nome que eu dei a aquilo que chamamos de nosso verdadeiro eu. Você usa mascaras o tempo todo para conviver em uma sociedade, e quando se distrai volta a ser você mesmo, se colocar uma máscara resistente aos buracos cavados pela indiscreta distração nunca terá acesso novamente a sua verdadeira face

Viveras para o sistema? ou para a distração? É sempre bom deixar as máscaras caírem as vezes para poder contemplar o seu verdadeiro eu.