Em tempo de coronéis.

No tempo dos coronéis, a disputa era acirrada.

Para mostrar suas forças, dominavam as cidades.

Usando de violência, com veemência e maldade.

Para quem estava doente, o remédio era paulada.

O dentista era amigo, doutor, o mais afamado.

Mandava na prefeitura, e também no delegado.

Seu parceiro era o juiz, na mesa de um cassino.

Podia matar quem fosse, ele não era assassino.

Existia o rei do gado, do café, o rei do queijo.

Tomando terra do pobre, derrotado pelo medo.

Oh meu Deus quanta loucura, viver de modo inseguro.

Aquele que abrisse a boca, eles enchiam de chumbo.

Tinha até um senhor Feudal, para juntar um casal.

Promovia a festança, com bebida e comilança.

Na alegria a dança, trazia logo a cobrança.

Primeira noite era dele.

E isto o noivo aceitava, tudo aquilo era de graça.

A noite passa depressa e logo tudo se acaba.

Amanhã pego a patroa e vou viver numa boa.

Lá na beira do riacho.

ivanilo
Enviado por ivanilo em 29/03/2014
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