A Rua do Ipê.

Quem passava naquela ruazinha acanhada de terra nua - a minha rua -, ladeada aqui e acolá por calçadas que alguns moradores abnegados mandaram fazer, nem imaginava que aquela árvore frondosa de folhas verdes claras tinha uma origem muito curiosa. Tudo começou assim:

Um dia, lá para as bandas da Bacia do Guaporé, onde reina um Rio do mesmo nome. Algum deus das matas muito poderoso, talvez até mesmo o Curupira(1), o Guardião das Florestas ou Jaci(2), a Lua; ou mesmo Iara(3), a Rainha dos Rios; ou o rei de todos eles, Guaraci(4), o Sol. Ninguém sabe, ninguém viu! O certo mesmo é que algum jardineiro muito caprichoso plantou, assim, como quem não quer nada, uma multidão de Ipês nas duas margens do Rio, bem no meio da floresta. O interessante, é que esse jardineiro, muito brincalhão, resolveu plantar os Ipês com colorações alternadas e variadas. Uma gradação sutil de cores. Matizes, as mais variadas. Amarelo ouro, rosa bebê, roxo cambando para o violeta. Muito raramente, mais para longe da margem do rio, entrando pro centro da mata; quem passa por lá de avião e prestando bem a atenção, pode ver meio perdido na imensidão verde, um raro Ipê Branco. Um branquinho quase transparente. Sutil. Os nativos juram de pés juntos que esse tipo de Ipê é plantado somente pelo Curupira. Capricho do encantado.

É verdade! Não duvide não!

O tal jardineiro misterioso é tão caprichoso e brincalhão que ele fez questão de plantar os Ipês alternando as cores de tal forma que, nunca um Ipê de uma cor de uma das margens coincide com outro Ipê da mesma cor da outra margem.

Os turistas que visitam o lugar costumam dizer que aquilo ali é “capricho da natureza”. Os nativos, ao contrário, afirmam que aquilo ali foi “capricho do Curupira”. Brincalhão do jeito que o encantado é, só podia ter dado naquela belezura de espetáculo. O certo é que alguns turistas exagerados costumam dizer que, se Van Gogh tivesse tido a ventura de conhecer os Ipês do Rio Guaporé, jamais ele teria pintado a obra “Os Girassóis”. Ele, certamente, teria pintado: “Os Ipês do Guaporé”.

Em suma, os Ipês fazem parte da paisagem florestal daquela região de Rondônia que compõe o mosaico da Floresta Amazônica.

Um dia, um mateiro(5), morador da zona rural do Distrito de Candeias, contratado pela CERON(6)-Centrais Elétricas de Rondônia, para encontrar árvores de tronco reto, sem muita galhada, para servirem de postes para a rede de energia elétrica da cidade Porto Velho, deu de cara com um Ipê frondoso. Retinho como um lápis.

Não deu outra, pegou a motosserra e derrubou o Ipê. Ganhou um bom dinheiro e semanas depois, dizem, desapareceu na floresta e nunca mais foi encontrado.

Aconteceu que, segundo os vizinhos do mateiro, aquele Ipê frondoso era um Ipê Amarelo com uma característica marcante. Era um Ipê Amarelo ouro salpicado aqui e acolá por algumas flores brancas. Era um Ipê híbrido de Ipê Amarelo e Ipê Branco, raríssimo. E por isso mesmo, a crendice cabocla atribuía a sua existência ao plantio pessoal do Curupira. Os caboclos acreditavam e acreditam que o Ipê era encantado. Nele, diziam os caboclos, todos os pássaros cantadores da floresta faziam pouso. Nas tardes que antecediam as noites de Lua Grande, o Uirapuru recebia Jaci, a Lua, entoando a melodia divina do seu canto; o Curió(7), menestrel das florestas, ao alvorecer, recebia Guaraci, o Sol, com dobrados tão harmoniosos que a barulhenta floresta, naqueles instantes, silenciava reverente. Os caboclos diziam também que o Curupira muitas vezes, em passagem pela região, costumava descansar o bando de catetos(8) que o acompanhava debaixo dos galhos do Ipê.

Por isso, correu a boca-pequena na comunidade cabocla, que o desaparecimento do mateiro deveu-se ao castigo impingido pelo encantado por causa da derriba da árvore.

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O tronco do Ipê foi amarrado a um correntão, engatado num trator e arrastado pela floresta até à margem da BR-364 onde foi desbastado de seus galhos e deixado, debalde, para secar ao sol inclemente do verão amazônico.

O Guardião da Floresta, o Curupira, que a tudo assistia sentado em um frondoso galho de uma Castanheira - a Rainha da Hileia -, lembrava com carinho da luta do imponente Ipê para nascer.

Recordava com nitidez a manhã em que o feto do Ipê rompera o húmus do solo da floresta. Primeiro, uma pequena ponta de lança verde esmeralda esgueirou-se por entre os montículos de terra úmidos de orvalho; depois, as duas primeiras folhinhas ainda frágeis, tenras, romperam impávidas o lençol de folhas, galhos e folículos de pequenas raízes das gramíneas que atapetam o solo da “jungle” brasileira. Em seguida, exaustas as folhinhas quase quedaram-se sem forças diante da uma brisa matutina que teimou de passar justamente naquele preciso instante. No entanto, Guaraci, o Sol, que lá do alto assistia maravilhado a luta do pequeno gigante pela vida que acabara de eclodir da semente plantada com tanto carinho pelo Curupira, seu fiel escudeiro, solidário, mandou imediatamente, um Raio de Sol aquecer com o seu calor a clorofila que dava anima àquele minúsculo ser.

Relembrando aquele pequeno milagre da vida, o Curupira encandeou a vista quando olhou agradecido para Guaraci.

E agora, o Príncipe das Florestas, o ímã que com sua florada amarelo ouro vibrante, salpicado aqui e acolá de flores brancas, quase transparentes, no início da primavera amazônica, atraia todos os seres polinizadores daquele mundo verde de gradações mil; das abelhas-mirins aos beija-flores, jazia debalde e inerte; desfolhado, desgalhado e sem raízes. Largado com indiferença à beira de uma estrada. Demudado num reles madeiro.

Consternado, o Curupira desceu do galho da Castanheira e cavalgando um pé-de-vento, aproximou-se do filho predileto e, curvado sobre o Ipê amarelo chorou em silêncio. Caminhoneiros que passaram apressados pela BR-364, na hora do almoço comentaram com os amigos o inusitado da cena:

- Meu compadre! Hoje eu vi uma coisa muito estranha... Num vê que na beira da estrada tinha um moleque branco que nem vela, com os cabelos cor de fogo, vestido só com uma tanga de folhas verdes, chorando que dava dó, curvado por cima de um tronco de pau caído rente ao asfalto... O moleque chorava tanto chega cortava o coração.

-Ééégua, macho! E tu não parou para ajudar o moleque não?

-Tu é doido é? Com tanto assalto por aí... Vai que é golpe! Passei reto, parceiro! Parei só aqui, para almoçar!

O Curupira ainda estava chorando, molhando com lágrimas copiosas o tronco decaído do Ipê, quando a turma da manutenção da empresa de energia elétrica chegou com o caminhão guincho para recolher os troncos empilhados para leva-los para o pátio da companhia. Os troncos iam servir de postes da rede elétrica ramificada pela cidade.

Um deles, caboclo “beradêro”(9), nascido e criado nas barrancas do Rio Madeira, agora radicado na cidade, e que durante toda a sua vida conviveu com os mistérios da floresta, ao pular da carroceria do caminhão viu o Encantado curvado sobre o madeiro, arrepiou os cabelos da nuca, persignou-se, rezou um credo, pegou umas folhas de palmeira-mirim e com elas fez gestos imitando uma cruz para espantar a aparição do seu caminho. O Curupira, diante do gesto mandingueiro do “beradêro” sorriu compreensivo, estalou o dedo chamando um pé-de-vento, montou no redemoinho e zuniu no meio do pasto agitando touceiras de capim “braquiária” e “colonião” em direção à floresta que o aguardava ansiosamente para abriga-lo sob o seu manto de mistérios e sortilégios.

Um colega de turma que da cabine do caminhão, assistia o estranho comportamento do “beradêro”, pilheriou rindo alto:

-Ixe, Joca! Endoidou de vez, foi? Fazendo mandinga debaixo desse sol de rachar mamona, macho? Arre égua! A gente vê cada uma...!!!

-Então...!!! Tu não viu não, macho? Ali! Encurvado por riba do tronco de pau?

-Viu o quê, macho?

-O Curumim(10) de cabelo vermelho?

-Curumim? (...) Que diacho! ‘Tá falando de quê, homem?

-Nada não, macho! Deixa pra lá! Se eu for te contar, tu vai achar que eu ‘tô doido. Vamos s’imbora! Vamos juntar os paus!

Depois que os troncos foram embarcados na carroceria, Joca reparou numa estranha mancha que umedecia a área central de um dos troncos. Não deu muita importância ao fato. Achou que algum vira-lata ou outro animal qualquer, de passagem pelo local, tivesse urinado sobre o tronco.

As lágrimas do Encantado que causaram a mancha no madeiro, foram imiscuindo-se pela casca até encontrar o “borne”, a entrecasca, e lá, por onde ainda circulavam resquícios de água e seiva, a mancha amalgamou-se aos líquidos vitais que ainda existiam no madeiro e depois entrou em estado de suspensão. Hibernou, guardando uma centelha de vida.
                                                  
                                                  - o –

O resto do Verão passou e no início do Inverno amazônico, com as primeiras chuvas torrenciais, Joca, o “Beradêro”, foi designado para a equipe de manutenção encarregada de fincar novos postes na Avenida Jatuarana, na Capital do Estado de Rondônia, Porto Velho.

Depois de dias de intenso trabalho a equipe chegou à confluência da Avenida Jatuarana com a Rua Cravo da Índia, no Bairro Cohab Floresta, com o último poste jogado na carroceria do caminhão guincho.

Joca saiu da cabine e subiu na carroceria do caminhão “truck” para ajudar no engate do madeiro a fim de iça-lo para o buraco destinado à colocação do poste. Quando Joca, com a ponta do engate na mão, se aproximou do madeiro, os cabelos da nuca do “beradêro” arrepiaram-se e um calafrio lhe eriçou os pelos do corpo. O caboclo reconheceu o madeiro que estava jogado na margem da BR 364 pela estranha mancha que ainda perdurava na área central do poste.

A mancha lembrava, vagamente, o formato de uma lágrima.

Na época, o “beradêro” não dera muita importância ao estranho formato da nódoa. Atribuíra à figura, um acidente do acaso. Porém, depois das temperaturas infernais do final de Verão daquele ano, e juntando ainda, as chuvas diluvianas do início do Inverno, era de supor que o tal “mijo” do animal, cachorro ou qualquer outro bicho que tivesse dado uma “mijada” naquele pau, o lógico, era que a tal mancha tivesse sumido... Se desmilinguido toda. - Mas não! Joca murmurou alto, quase sem perceber.

-Que foi, Joca? Que é que tu está reclamando aí, homem?

-Nada não, chefe! Besteira minha... Pensei alto, só isso!

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O Inverno passou, veio o Verão... E outro Inverno, e outro Verão... As Luas se sucederam e os anos passaram. Joca nunca mais passou pelo local onde fincou o estranho poste.

E aí, aconteceu! No sétimo ano, contando da data em que o Curupira chorou sobre o madeiro; numa noite de Lua Quarto Crescente, a mancha localizada no meio do poste escureceu acentuadamente e um filamento de raiz, muito tenro, frágil até, rompeu o barro vermelho do fundo do buraco onde estava fincado o madeiro. E à medida em que a Lua crescia na sua Fase Lunar, as raízes brotavam exponencialmente na base do poste.

Quando a Lua Cheia despontou no horizonte, lá para as bandas do Rio Madeira, com o brilho intenso da Lua Grande(11), um morador das cercanias do poste jurou ter ouvido um Urutau(12) cantando durante toda a noite para saudar Jaci que com o seu esplendor de luz banhava o poste, fazendo a nódoa em forma de lágrima refulgir em nuances prateadas.

Mais seis Luas Cheias se passaram. No entardecer que precedeu a sétima Lua Cheia, com o cimo do madeiro todo engalhado e ornamentado com folhas verdes esmeralda, exatamente às seis horas da tarde, transeuntes que passavam perto da árvore que se recusou a ser poste, ficaram estupefatos com o harmonioso e divino canto do Uirapuru que voluteava notas e mais notas de seu canto sublime. O Ipê Amarelo, Príncipe das Florestas da Amazônia, tinha voltado. Estava redivivo.

Passaram-se seis dias e seis noites... E durante esse período, o Ipê Amarelo perdeu paulatinamente todas as folhas. E quando, consternados, os moradores do bairro sentiam que o símbolo, o ícone do Bairro, iria perecer... Eis que, ainda na Barra da Manhã, onde Guaraci apenas deixava entrever pequenos raios de luz no horizonte, os moradores das cercanias do Ipê foram despertados pelos dobrados harmoniosos de um Curió que saltitava alegre e serelepe no topo da árvore que ainda estava encoberta pela bruma da madrugada.

Alguns moradores mais curiosos resolveram abrir a janela para apreciar, “in loco”, os dobrados musicais do pequeno passarinho. E foi justamente neste momento que Guaraci resolveu lançar os seus raios de luz mais esplendorosos sobre a copa do Ipê.

Os olhos dos afortunados que abriram as janelas, foram regiamente regalados com a explosão de amarelo-ouro das flores que chamejavam com a luz do Sol matutino na copa do Ipê.

De repente, fez-se silêncio. O Curió emudeceu.

Todos estranharam o mutismo do pequeno menestrel da floresta e saíram às calçadas para olharem para a copa do Ipê na tentativa de descobrir o motivo do inesperado silêncio.

E então eles viram e não acreditaram no que estavam vendo... O Curió, antes alegre, serelepe e cantador, agora estava pousado em um galho mais baixo e, em reverência, jazia quieto, de asas abertas e cabeça inclinada sobre o peito. Estava recepcionando o Maestro das Florestas.

Voluteando ao redor da copa cor de ouro brilhante do Ipê, um passarinho de plumagem pardo-avermelhada e laranja entre outras, trinava uma melodia maviosa, absolutamente divina. Era o Uirapuru que brindava a cidade, fato raríssimo, com sua música extasiante, festejando a volta definitiva do Príncipe das Florestas. O majestoso Ipê amarelo.

                                                  - o -

Embaixo da copa do Ipê Amarelo, rente ao tronco, um táxi estacionou. Dele desceram dois “beradêros”, moradores de uma Vila à margem do Lago Cuniã(13).

-Arre égua! ‘Tá ouvindo, Tonico? – ao que o outro caboclo assentiu - E num estou, macho! Escuta, Neneco! Isso não é cantoria de um Uirapuru? Será...??? Na cidade???

-E num é, Tonico! Ééégua, macho! Olha pra cima... ‘Tá vindo de riba desse pé de Ipê... - depois de arregalar os olhos desmesuradamente, o caboclo exclamou - Ixe! Fizeram do pé de Ipê um poste, foi???

-Olha, Neneco! Ipê Amarelo florando fora de época... Uirapuru cantando na cidade... E, ainda mais Ipê Amarelo com flor amarela misturada com flor branca... -Branca? Onde? - Neneco perguntou

-Ali, macho! No meio das flores amarelas, meio escondidas, tem umas duas ou três, quase transparentes... Sabe, Neneco! Se isso não for coisa do Curumim, eu mudo de nome...

-Curumim?

-É claro, Neneco! Ficou abestado de repente, foi? E então...? Isso é mandiga do Curupira, nénão? Quem mais haverá de ser, macho?

-Vixe, Tonico! Então vamos pegar uma lasca da casca desse Ipê Amarelo... Não vê que ele deve de ser do Curupira mesmo... Só mesmo o Curumim pra plantar um Ipê Amarelo misturado com flor branca. Meu pai disse que a lasca de um Ipê assim, dá uma sorte danada, macho!

-Tu é doido é, Neneco? Tu quer é pegar uma baita de uma “panema(14), macho! Vai mexer com coisa do Curupira, vai! Tu vai é se “lascar” todinho, macho!

-E por falar em “panema”! Como é mesmo o nome dessa rua?

-Não é Rua não, é Avenida! Avenida Jatuarana... Ela nasce lá na BR-364, embioca pra cá, no rumo do fundo do bairro... E quando chega neste trecho, ela muda de nome... Fica mais conhecida é como: A Rua do Ipê! Entendeu, macho?

OBS:
Este conto é baseado em fatos reais. (O “poste” que virou Ipê, ou o Ipê que não quis virar poste, existe e floresce todo mês de setembro até a data em que esse conto foi escrito).

OBS 2:
Usando e abusando da “liberdade literária”, ousei fazer uma livre adaptação da participação de determinados personagens do Folclore Amazônico, fauna, costumes nativistas e linguagens coloquiais regionais para explicar o fenômeno do “Ipê que não aceitou virar poste”. E, como escreveu Shakespeare em Hamlet, no Ato I, da Cena V:Há mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que sonha a nossa vã filosofia".

E mais, como é que um mero “escrevinhador”, contador de histórias e caboclo “beradêro” que tem entranhado no íntimo do seu ser, o respeito ancestral pelos “Entes”, mistérios e os insondáveis segredos da floresta como eu, pode duvidar do que se passou... Então eu pergunto: “Quem sou eu para desdizer Shakespeare?

Ou como costuma dizer o “beradêro” nas beiras dos lagos e barrancos dos rios da Amazônia nas longas noites de pescaria: ”Ééégua, macho! Eu nunca acreditei nem em bruxa e nem em mandinga, mas que elas existem... Ahãm, macho! Elas existem sim! Ixe!

E por último, pra os incréus, é só consultar estes links aí embaixo, ói:

http://www.e-farsas.com/o-ipe-amarelo-de-porto-velho-que-nao-queria-ser-poste.html

http://terramagazine.terra.com.br/blogdaamazonia/blog/2009/08/04/o-ipe-que-virou-poste-que-virou-ipe-volta-a-florir-em-rua-de-porto-velho-ro/

http://www.contarhistorias.com.br/2009/12/ipe-amarelo-da-energia-se-fez-vida.html

http://wikimapia.org/11201728/pt/O-poste-que-virou-%C3%A1rvore

Ainda tem dúvida? Então, macho, consulta estas coordenadas aí: 8°47'24"S   63°52'44"W no GoogleMap.

João Pessoa/PB-Mar/2014.
 
(1)Curupira ou Currupira -  é uma figura do folclore brasileiro. Ele é uma entidade das matas, um moleque de cabelos compridos e vermelhos, cuja característica principal são os pés virados para trás. – é considerado protetor da florestas e dos animais.
(2)Jaci (do tupi îasy "lua"), na mitologia Tupi, é a deusa da Lua, protetora dos amantes e da reprodução.
(3)Iara ou Uiara (do tupi 'y-îara, "senhora das águas") ou Mãe-d'água, segundo o folclore brasileiro, é uma linda sereia que vive nos rios da Amazônia, sua pele é parda, possui cabelos longos, verdes e olhos castanhos.
(4)Guaraci ou Quaraci (do tupi kwara'sy, "sol") na mitologia tupi-guarani é a representação ou deidade do Sol, às vezes compreendido como aquele que dá a vida e criador de todos os seres vivos.
(5)Mateiro - Explorador de matas, que através delas se guia sem bússola, quase por mero instinto.
(6)CERON – Centrais Elétricas de Rondônia. Empresa de distribuição de energia elétrica, subsidiária da ELETRONORTE-Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A.
(7)Curió – o curió (Oryzoborus angolensis) é uma nativa do Brasil e muito apreciada pelo seu canto. Mede cerca de 15 cm, sendo que o macho é preto na parte superior do corpo e castanho-avermelhado na parte inferior, sendo a parte interna das asas na cor branca.
(8) - Caititu (nome científico: Pecari tajacu) também conhecido por caitatutaititucatetotatetopecariporco-do-mato e patira.
(9)Beiradeiro – caipira. Caboclo que habita as margens dos rios amazônicos
(10) - Curumim – palavra de origem tupi-guarani e que designa, de modo geral, as crianças.
(11) - Lua Grande - período no qual o satélite natural da Terra está em seu perigeu, ou o ponto mais próximo da Terra.
(12)Urutau – os urutaus são aves noturnas restritas às regiões dos trópicos. Também é chamado de Mãe-da-Lua e emenda-toco.
(13)O mais famoso lago do Estado de Rondônia. Fica na Reserva Extrativista do Lago do Cuniã - RO. Os primeiros habitantes do lago Cuniã eram os índios "muras", assim chamados pelos atuais moradores.
(14)Panema - O conceito de “panema” passou ao linguajar popular da Amazônia com o significado de “má sorte”, “desgraça”, “infelicidade”.