Cap 60- Entre o céu e a terra:

A Cor da pele, cor dos olhos, eram exatamente iguais aos de Nathan.

Mas não era ele. Esse rapaz, que fez todos que passavam perto dele ficarem boquiabertos, não era Nathan Fields. Sua estranha semelhança com este, tinha um motivo. Um óvulo só, fecundado por dois espermatozóides. O que isso daria? Gêmeos. Nathan Fields tinha um irmão gêmeo, George. J. Fields, sem saber.

Na verdade, depois que a mãe de Nathan morreu, Christian fields mandara o filho, George ainda muito pequeno para viver com alguns parentes, em Los Angeles. Pouco se importava com o filho: Mandava dinheiro, e ligava para ele no dia do aniversário. E nada mais.

Anos depois, Christian, foragido da polícia tivera a ideia de trazê-lo para RoseLand, a fim de fazer as pessoas acreditarem ( já que ela nunca souberam do gêmeo do Nathan) que aquele rapaz, era reallmente Nathan Fields em carne e osso.

George andava, apercebendo-se dos olhares que o lançavam.

Orientado por Ian, chegou na casa em que nascera, e fora brutamente "expulso". A casa, vazia, estava conservada: O rapaz abriu a porta, com as chaves que lhe foram entregues também por Ian.

- Uou! Isso aqui tá mais para museu arqueológico do que uma casa! - ele falou, em tom sarcástico.

Saiu da sala, indo para o corredor que dava para o quarto de hóspedes da casa.

- Eu é que não vou ficar no quarto mal assombrado do meu irmão! - George falou ao adentrar num quarto escuro e coberto por lençóis brancos, com uma escrivaninha de madeira en costada na parede.

Quando finalmente entrou no quarto de hóspedes, colocou a mochila na cama abriu a janela para que a luz do dia penetrasse ali. Qual foi a surpresa dele, ao notar olhares curiosos em sua direção.

- Não queria ser indelicado, mas... CUIDEM DA VIDA DE VOCÊS! - ele gritou. As pessoas, foram aos poucos se dispersando.

- Gente curiosa... - ele resmungou.

Saiu do quarto, e foi passear pela casa. Entrou no quarto do irmão que ele nunca conhecera direito, e encontrou um porta-retrato na escrivaninha. Saiu pra poder enxergar direito, já que o quarto estava muito escuro.

Tomou um susto ao reparar quão semelhante eles eram.

- Nossa! Parece que estou me olhando através de um espelho! - ele falou, espantado. - Mas... ele tem essa falha no nariz, que eu particularmente não tenho. - George falou, largando o porta retrato na mesa da sala.

A noite, Ian apareceu por lá.

- Está gostando daqui?

- As pessoas são muito curiosas, mas estou gostando.

- Não o trouxe pra cá atoa... quero que faça uma coisinha. Muito simples.

George o olhou.

- Tipo?

- Atrair uma certa garota, para um certo lugar.

- Porque eu teria interesse em querer servir de isca para atrair essa tal?

- Porque foi ela que matou o seu irmão.

- COMO ASSIM? ACHEI QUE MEU IRMÃO TIVESSE SE MATADO! - O rapaz estava exaltado.

- infelizmente - Ian mentiu. - Essa garota é uma assassina. Ela provavelmente deve ter matado também a Grace.

Os olhos de George brilharam.

- Eu topo! Vai ser divertido... e isso é questão de honra! Ninguém mata meu irmão, e fica por isso. Fechado. Me explica o que você planeja.

Ian sorriu, triunfante.

E começou a explicar o que iria fazer.

Longe dali, na casa dos Snell, Bonnie chegava atacada em casa.

- AI MEU DEUS! JESUS MARIA E JOSÉ! - ela falava quase sem fôlego.

- O que houve, B? - Claire perguntou, intrigada.

- EU... O... VI!

- Viu quem?

- N-NATHAN... FIELDS!