Cap 51- Entre o céu e a Terra.
Cap 51- Entre o céu e a Terra.
Rose Snell congelou. Mal sabia como contar a notícia à Claire. Ninguém sabia a que nível a obsessão de Nathan iria.
Ouviu passos da escada.
- Bom dia, mãe!
- O-oi querida...
- Está tudo bem... mamãe? Está pálida. Aconteceu alguma coisa?
Rose não queria falar ainda.
- Não, filha. Vem tomar o café da manhã. Traz o carrinho da Sam pra cá.
- Nossa, mamãe! Fala assim como se alguém fosse roubá-la do quarto.
Rose engoliu em seco. Claire pegou a bebê que estava no colo de Oliver.
- Ela não chorou.
-Minha mãe está tão estranha hoje...
- Só hoje?
-OLIVER STACE! - Claire o repreendeu.
- Parei. Desculpa. - Ele falou.
Claire se virou, com Sam no braço e saiu.
- Nenhum beijinho?
- nenhum.
Quando desceu as escadas, estavam Bonnie, John , Bruce e Rose reunidos diante da mesa do café.
- Reunião?
John a olhou apreensivo. Se ofereeceu pra pegar Sam no colo e saiu.
- Precisamos conversar, Claire.
A voz de Rose saiu séria.
- Nathan está solto.
A notícia veio como um baque. Claire quase caiu pra trás.
- NATHAN ESTÁ... O-O QUÊ?
Rose suspirou.
- Saiu no noticiário, esta manhã. Ele está solto por aí..
Claire deu um soco de raiva no sofá. Ela não podia acreditar.
- Ele é o Coringa, por acaso?
E subiu as escadas, a passos pesados.
Quando entrou no quarto, deitou-se na cama, aos prantos.
-Ele vai vir atrás de mim... tenho certeza!
Quando Oliver se aproximou, ela o empurrou.
- EU NÃO QUERO FALAR NADA!
- Pára de agir como uma garota mimada, Claire.
Oliver então per cebeu o que falara.
- Garota mimada? Nathan Fields tá por aí, solto e eu tô morrendo de medo. E você ainda me chama de mimada,?
Oliver passou a mão sobre o cabelo.
- B-bem... eu não quis dizer isso.
- Mas disse!
Houve um silêncio entre os dois.
- Mas precisamos ficar atentos... Nathan é louco! Eu não posso deixar que ele faça nada com Sam...
- e eu não posso deixar que nada aconteça às duas mulheres da minha vida.
A Raiva de Claire se dissipou com aquela frase.
Ela se deitou na cama, e falou:
- Tô com medo..
- Eu vou protegê-las. Fique tranquila.
Depois do almoço, Claire foi trocar Sam no quarto.
- Mamãe não vai deixar ninguém machucar você, meu anjinho. -Ela falou, acariciando o rosto da menina. Que soltou um pequeno sorriso.
Claire quase chorou de emoção. Sam havia sorrido. O sorriso mais inocente do mundo. O de uma criança.
Quando anoiteceu, depois do jantar, só havia Claire e os pais na cozinha. Bonnie e Bruce haviam "ido dormir".
- A Sam ainda dorme?
- Está com Oliver lá em cima.
- O... pai do Oliver me falou que quer vir aqui amanhã. Ver a bebê. - John falou, por fim.
- Tudo bem. - Claire sorriu, saindo da cozinha.
- o berço ficou bom, querida? -:Rose perguntou.
- Excelente.
E foi pro quarto.
Antes de entrar no dela, Claire foi até o quarto de Bruce. Havia algum barulho lá dentro. Ela mexeu a maçaneta, e abriu a porta dando de cara com Bruce e Bonnie na cama.
- Se eu quisesse ''dormir" desse jeito... seria uma perfeição!
Os olhos de Bonnie estavam arregalados de espan to.
- E-eu posso e-explicar...
- Explicar o que eu já entendi? - Claire falou de modo sarcástico. - Aproveitem a lua de mel, mocinhos. E tratem de trancar a porta... papai e mamãe não gostariam de ver uma cena dessas aqui. - E saiu, fechando a porta. Achando graça do medo que impusera nos dois.
Voltou pro quarto, onde viu oliver colocando Sam no berço.
- Aconteceu alguma coisa?
- Bonnie e Bruce se pegando no quarto dele. A expressão de medo deles foi ótima. - Ela riu.
- Malvada. - Oliver rebateu. - Nem deixa eles brincaremde pega pega no escuro.
- Mas a Bonnie tem Aids. - Claire lembrou.
- Mas não significa que seu irmão seja tão burro a ponto de não usar preservativo. E também, - ele acrescentou. - E beijar não vai passar o vírus.
Claire fez uma cara de surpresa.
- olha só... pra quem não vive há anos... está bem atualizado hein??
Oliver sorriu.
-Segredos de uma mente brilhante. - ele falou, agarrando-a com força e levando-a pra cama.
Na manhã seguinte, um sábado, Claire acordou no silêncio da casa dos Snell.
Parecia que não havia ninguém em casa. Saiu do quarto, ainda de pijamas, e foi até o quarto do irmão. A cama estava arrumada.
Desceu as escadas, mas não havia sinal de vida. Nem os pais. Nem Bonnie.
Viu um bilhete ao lado da Televisão.
Dizia:
CLAIRE, QUERIDA.
FOMOS ATÉ O ROSEIRAL COLHER ALGUMAS ROSAS, PARA MANDARMOS PARA A SUA AVÓ.
VOLTAREMOS LOGO!
E.... TOME CUIDADO.
R & J.
Assim que terminou de ler, ouviu batidas na porta. Deu um leve sobressalto, e o coração de
la parecia querer sair pela boca.
Ela andou vagarosamente até a porta.
- Q-quem é?
- O carteiro. - Uma voz fraca falou.
Claire fechou os olhos, com medo. E abriu a porta. Estava diante de um velho com uma bolsa azul a tiracolo.
- Bom dia, senhora. - O homem falou, de modo sombrio.
Claire o convidou para entrar, desconfiada.
O velho, assim que pôs os pés dentro da casa. Fechou a porta, trancando-a. Se virou para Claire, sorrindo. E tirou a barba branca. O boné. E apareceu uma cabeleira negra e os olhos profundamente negros.
Nathan Fields. A barba por fazer.e a roupa de carteiro surrada.
- Oi Baby! Quanto tempo não? - ele falou para Claire, que aterrorizada, segurava um vaso de vidro. Para evitar que ele a atacasse.
- Não vai querer acordar a bebezinha não, né?
Ele segurava uma pistola em suas mãos.