Cap 50- ENTRE O CÉU E A TERRA
Cap 50- ENTRE O CÉU E A TERRA
- P-pra onde está me levando? - Claire perguntou, nervosa.
- Ué, pro Nathan, querida. Coisa feia, sair de casa sem avisar! - ela riu, cinicamente.- Mas antes... temos uma coisa a ser acertada.
Ela acelerou o carro.
Ia acelerando mais e mais, quase batendo em outro carro que vinha na direção oposta.
- VAI MAIS DEVAGAR, POR FAVOOOOR! - Claire gritou, em vão.
A risada de Grace soava como a risada de uma pessoa louca.
- CALA A SUA BOCA, VADIA! - Ela falou, rindo histericamente.
Foi diminuindo a velocidade, até parar o carro próximo a um barranco gigante.
Ela desceu.Claire ficou no carro.
Grace rodeou o carro, e abriu a porta do lado de Claire.
- DESCE! - Ela gritou, segurando uma faca.
- Mas... Grace..
- DESCE LOGO, IDIOTA!
Claire obedeceu. Saiu do carro, tremendo.
- ANDE! - Grace conduziu Claire até a ponta do barranco. Apontava a faca não para a garota, mas para a Barriga da garota.
- Aqui está você, querida. Clairezinha.... enxerida, destruidora de amores... ladra de namorados.... - Ela falava, sorrindo.
Claire sentiu um grande arrepio percorrer sua espinha.
- E... sabe o que vai acontecer com essa faca?? - Ela alisou a lâmina, friamente. Seu olhar latejava de ódio.
Grace apontou para a barriga de Claire.
- NÃO!! PODE ME MATAR, MAS NÃO MATE A MINHA FILHA. POR favor... por favor, Grace. - Claire foi murchando à medida que as lágrimas inundavam seu rosto. Na frente dela, Oliver apareceu.
Grace riu.
- Olá, querido. Você acha que vou matar você, Querida? Pra viver feliz para sempre no paraíso com o Oliver? No no no! - ela fez sinal negativo.
- O que quer da Claire, Grace? Se afaste dela. - Oliver a encarou.
- Eu só quero... acabar com esse vermezinho que mal parece um bebê!
Claire não se conteve e foi até ela, lançando-lhe um doloroso tapa.
Grace reagiu, estirando o braço com a faca apontada para a garota.
Oliver pulou, ficando na frente da namorada, protegendo-a.
Grace começou a andar em círculos, até parar próxima ao pescoço de Claire.
- O amor é lindo... mas não será para sempre! - E sem que Oliver nem Claire esperassem, ela enfiou a faca na perna direita de Claire.
- AAAAAAAAAAI ! - A garota congelou de dor.
Oliver a pegou nos braços levando-a para o carro.
- Está sangrando muito. Deveemos ir pra sua casa.
Claire fez que não.
- Por favor, faça a Grace voltar a si. Ela está completamente louca. E...
- Ouviram um grito vitorioso e de dor, ao mesmo tempo.
Quando levantaram os olhares para ver o que havia acontecido, Grace estava perfurada no peito e na barriga. Ela sorria, ainda assim.
Claire se levantou, ainda mancando, e foi falar com ela. A mulher já estava pronta. O barranco.
- GRACE! NÃO FAZ ISSO! - Claire gritou.
Mas não adiantou. Ela deu uma risada de deboche pra Claire, e pulou de costas.
Nada se ouviu. Apenas a respiração nervosa da garota.
- Está morta. - Oliver falou, abraçando-a.
Claire chorou copiosamente.
- Promete.. uma coisa... N-não deixe... e-ela tomar você de mim... - o fortemente.
Oliver a separou do corpo dele.
- Agora vou levá-la pra casa. Meses sem estar lá... seus pais estão ainda com esperança de encontrá-la.
Claire olhou pro carro de Grace.
- Não. Não vamos usar esse carro.Podem até pensar que você matou Grace.
Claire piscou duas vezes. Ele tinha razão.
-E como vai me levar pra casa?
- Confia em mim?
- Claro que sim!
- Então vem cá. - Ele pegou ela em seus braços, e falou: - Feche seus olhos.
Claire obedeceu.
- O que vai fazer? -ela perguntou, curiosa.
- Um teste. Talvez funcione.então, vamos.
Claire não abriu os olhos por um segundo. Um frescor apareceu em sua pele. A mesma sensação de quando alguém está caindo de paraquedas.
Oliver a colocou em pé, cuidadosamente.
- Pode abrir seus olhos. - E sumiu.
Claire nem acreditava no que via. Estava na frente de casa. A casa que ela fora obrigada a abandonar há meses.
- Como ele fez isso?
E foi andando em direção à porta.
Curvou a maçaneta, e abriu a porta, que estava destrancada.
Seus olhos encheram de lágrimas ao pisar em casa novamente.
Por um instante, chegou a esquecer tudo o que passara nas mãos de Nathan.
Algumas vozes vinham da cozinha. John Snell e Rose Snell.
- Eles talvez não tenham procurado direito e... esses incompetentes!
- Papai?
John já estava na sala, quando viu a filha.
Não hesitou, e foi abraçá-la.
Rose foi junto.
- CLAAAAAIRE MINHA FILHA!! VOCÊ ESTÁ BEM?? - ele tocou na filha, procurando algum arranhãp ou machucado. Olhou pra barriga enorme da garota.
Ele estava chora Claire pediu, abraçando- ando.
- Estávamos tão preocupados com você... faz meses que o detetive que a gente contratou... - respirou fundo. - procura por você... e não houve nenhuma pista.
Rose e John a conduziu até o sofá.
Claire estava a ponto de chorar copiosamente.
- F-foi o Nathan, pai... F-foi p Nathan que... - engoliu em seco - que... me sequestrou..
A garota teimava em não deixar as lágrimas caírem, mas não houve jeito.
- Ele... ele.. me batia v-várias vezes. - Ela não conteve um soluço.
- ELE FEZ O QUE???
Uma raiva sem tamanho tomou conta de John Snell que saíra dali, enfurecido. Sabe-se lá pra onde.
Rose conduziu Claire para o quarto. Separou uma roupa para a filha e a levou para o banheiro.
Meia hora depois, já limpa e tinha acabado de comer um lanche preparado pela mãe, Claire deitou-se. Pensara em tudo o que acontecera naqueles últimos meses. Muita coisa mudara.
Bruce bateu a porta, entrando logo em seguida:
- soube que está bem... estou tão aliviado..
- Eu sei que você me ama, pernilongo das pernas tortas.. - Ela riu.
- Ei! Não me chama assim!
Riram.
Ele colocou a mão sobre a dela.
- Pode contar comigo, miniatura de stuart little.
Claire fez uma expressão de dor.
- Aconteceu alguma coisa?
- CHAMA A.MINHA MÃE AGORAAAA! - ela berrou respirando rapidamente.
Quando Rose chegou, Claire Gritou:
-A-ACHO QUE VAI NASCER