Cap 43- Entre O Céu e aTerra.
Cap 43- Entre O Céu e aTerra.
- Não pode s-ser... Nathan... Nathan estava praticamente morto! - Claire falou pra si mesma.
- Falando sozinha, pequena mamãe? - a mendiga falou, pegando-a de surpresa.
- Você?
A mulher a olhou, sorrindo.
- V-Você não é.. a mendiga?- Claire estalou os dedos, reconhecendo-a.
- Garota, esperta! - A mulher maltrapilha tocou na cabeça dela.
Claire a olhou, mais detalhadamente. A mulher aparentava ser da idade da mãe dela.
- Poderia me tirar daqui? - Claire tentou atacar, calmamente.
A mulher olhou para as correntes da mão da garota.
- Ops.. sinto muito, querida! Não posso deixá-la ir... - A mulher deu uma risada debochante.
- Por favor... nâo tá vendo que estou grávida? Vai me deixar assim?
A mulher, que se chamava Margareth, olhou pra barriga da garota.
Se aproximou, para confirmar, e descobriu a barriga da garota. Era verdade.
- Não posso. Ordens que me deram. Não quer ferrar com a minha vida, quer, garota?
Claire fez que não com a cabeça.
- Ah, e para de me olhar com essa cara de cadela com frio. Sou Margareth. Depois mando trazer comida pra você.
Ela falou se afastando da cama. Até sair do quarto.
Claire ainda ouviu um barulho que parecia a batida de um pé numa lata.
Deitou-se novamente, preocupada.
Como os pais estariam?
Preocupados?
E de repente, Lágrimas escorriam pelo rosto da garota.
Ela segurou a barriga, como se alguém fosse roubá-la a criança.
E então, resolveu apelar para os gritos:
- ALGUÉM ME TIRAAAAAA DAQUUIIIIII!! - Ela gritava, Sem obter respostas.
Estava de barriga pra cima, cansada de gritar, quando um sono a abordou.
Ela estava já fechando os olhos, quando o bebê mexeu.
Mexeu insistentemente. Como se quisesse se comunicar com Claire.
Ela sorriu, alisando a barriga, e então se entregou ao sono.
Acordara, deitada num lugar vazio. Deserto, talvez.
Tudo era azul. Azul da cor do céu. Ela se levantou, tonta, segurando a barriga.
Quase 5 meses de gestacão e a barriga estava grandinha.
Claire andou por algum tempo, até encontrar uma velha casa. Seus instintos diziam para ela ir até lá.
Quando estava na porta, um rapaz surgiu de dentro dela.
Oliver.
Ele sorriu, e a beijou.
Depois que se separaram, os olhares deles se cruzaram.
Os olhos verdes de oliver, aparentavam preocupação.
- Aconteceu alguma coisa, Oliver?
Não houve resposta.
- Me diz. Por favor. - Mas a preocupação nos olhos do rapaz se tornarem mais intensas.
Ele abriu a boca para falar algo, mas Claire sentiu ser afastada dele. Cada movimento de lábio dizia:
- POR FAVOOOOR OLIVER!
Acordou assustada.
Suava, e sabia que havia tido um pesadelo. Um pesadelo real.
- Ouvi gritos. Dia ruim, docinho? - O falso mendigo apareceu. Trazia uma tigela de uvas e um copo de água.
- Só isso? - Claire reclamou, vendo o pouco de comida, para alimentar ela e o bebê.
- Está achando pouco, querida? Aqui não é nenhum hotel cinco estrelas nao... o chefe... virá visitá-la hoje a noite. Se comporte, hein, querida?
Claire já estava com a paciência esgotada.
- Se eu encon - trar mais alguma coisa, eu trago pra você.
E saiu. Claire queria sair, eatava se sentindo péssima, trancada ali.
Depois do almoço, que estava mais pra gororoba especializada, Claire começou a puxar assunto com Margareth, a mendiga.
- Pra quem você está trabalhando?
Ela não respondeu.
Claire também não insistiu.
- Vocês podiam ao menos, tirar essa corrente do meu braço. Estou me sentindo um animal trancafiada desse jeito.
Margareth a olhou, entediada.
- Você é um pé no saco! Aposto que nem notaram que você sumiu.
Aquelas palavras atingiram Claire em.cheio.
- Claro que notaram!! - ela falou. -E, a propósito, que cor de esmalte brega é essa? - Claire apontou para as mãos enrugadas da mulher.
- Ah, é que... pera! Você tá querendo me distrair hein?? Pensa que eu caio nessa?
Claire fingiu estar ofendida.
- ME TIRA DAQUI BALEIA RECHONCHUDA!
Margareth a olhou, cruelmente.
- Opaa... olha que eu deixo seu bebê morrer, hein?
Claire a olhou com desprezo:
- Você.... você me faria perder minha filha?
- Se isso fizesse você calar essa boca. Sim.
E saiu, a passos duros.
A kilômetros de distância dali, John Snell chegava em casa. Seus olhos vermelhos indicavam recente choro.
Fechou a porta da caminhonete depois de sair.
Andou, com a mente ainda vagando, até chegar em casa.
Rose estava na cozinha junto com Bonnie. Jessie e Bruce namoravam no sofá.
- Oi querido. Chegou mais cedo do que eu pensava. Olha fiz o prato preferida da Claire.. - Ela olhou atrás dele. - Ué, cadê ela?
Então Rose Notou os olhos avermelhados do marido.
- JOHN. O. QUE. ACONTECEU. COM. NOSSA. FILHA? - ela falou, gritando pausadamente. Lágrimas enchiam os olhos dela.
- E-eu não... a encontrei! Estávamos. - Ele tentou não chorar. - Estávamos no roseiral. Eu pedi a ela pra... pra colher algumas flores. E então. Ela foi. Mas não a encontrei mais.
A aquela altura, Rose já chorava desesperada.
- Querida... - ele tirou um lenço azul do bolso. - Encontrei isso. É dela. A-acho que...
- acha o que, homem??!
- Eu... acho que..que nossa Clairre foi se-sequestrada.